Fonte
www.correiomanha.pt
A discussão da arbitragem parece mesmo estar para durar. Ontem, o Benfica, pela voz do seu director de comunicação João Malheiro, voltou a apontar o dedo à arbitragem, numa sessão de vídeos onde o emblema da águia apresentou uma susessão de lances nos quais sentiu-se prejudicado. Desde à primeira jornada até à última ronda do campeonato, João Malheiro apresentou um vídeo no qual estavam destacados uma série de lances nos quais "o Benfica foi claramente prejudicado. Falo apenas de erros grosseiros e consensuais, pois houve muitos mais que penalizaram fortemente o Benfica". Depois de relembrar as duas grande-penalidades não assinaladas por Isidóro Rodrigues sobre Mantorras, na partida inaugural da Liga 2001/2002 (na Póvoa de Varzm), o responsável "encarnado" fez uma cronologia dos erros que os dirigentes benfiquistas consideraram mais graves. Assim, na 6ª e 7ª jornada, o director de comunicação garantiu que ficaram mor mostrar dois cartões vermelhos, primeiro a Wilson, do Belenenses (após falta sobre mantorras) e depois a Marco Almeida, do Alverca, no seguimento de "uma agressão bárbara ao jogador Simão Sabrosa". O Benfica volta a queixar-se de grandes penalidades não assinaladas nas partidas com o U. Leiria (8ª jornada, após falta de Nuno Valente sobre Júlio César), e com o Farense (10ª, depois de uma carga do guarda-redes sobre Simão). Nas 12ª (Braga, fora) e 13ª (Alverca, na Luz) jornadas, os "encarnados", apesar de terem vencido ambos os encontros queixam-se da expulsão de Cabral frente aos arsenalistas e reclamam de um cartão vermelho que ficou por mostrar a Miner por falta sobre Mantorras. Relativamente ao jogo com o Paços de Ferreira (14ª jornada), e embora garanta que o Benfica foi claramente prejudicado na "capital do móvel" - não expulsão de Pedro por falta sobre Mantorras e uma grande penalidade não assinalada sobre Simão -, João Malheiro optou por não insistir na arbitragem do jogo com os pacenses. "A exibição da equipa não foi muito boa e por essa razão entendemos que não era cordial estar a culpar a arbitragem pelo resultado (derrota do Benfica por 1-2)", justificou aquele dirigente. Mas os jogos que mais indignaram os responsáveis do grémio da Luz foram, sem dúvida, os jogos com Sporting e Boavista, referente às 15ª e 16ª jornadas respectivamente. Após apelidar de "teatro do avançado do Sporting" o lance da grande-penalidade que deu origem do primeiro golo dos "leões", João Malheiro destacou também "a não expulsão do jogador Beto" no lance que deu o primeiro golo ao Benfica, mais um "penalty". Para o encontro do Bessa estavam reservadas as crtíticas mais duras: "Foi uma arbitragem de sentido único. Ficaram por marcar duas grandes penalidades, uma sobre Mantorras e outra sobre Simão, sobre o qual foi cometida uma agressão espantosa". Apesar das muitas queixas apresentadas, João Malheiro afirmou que não se trata de uma forma de pressão sobre o árbitro do próximo jogo, até porque o Benfica até à 15ª jornada não falou sobre o assunto. "Enquanto o Marítimo solicita ao árbitro que peça dispensa do jogo, nós solicitamos que este não dispense o seu rigor, competência e imparcialidade", concluiu o director de comunicação do Benfica. Afinal, e ao contrário do que foi dito após a tomada de posição do Sporting, também o Benfica parece agora adepto das críticas à arbitragem...