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O Jogo
Vale e Azevedo falou hoje, no julgamento do Caso Euroárea, em "engenharia contabilística" para justificar a inclusão de 3,5 milhões de contos no relatório e contas do clube de 1999. O ex-presidente do Benfica explicou que a verba de 3,5 milhões de contos referentes à futura venda dos terrenos sul do clube foram incluídos no relatório e contas a título de antecipação de mais-valias. "Há uma antecipação de mais-valias no valor de 3,5 milhões de contos completamente comum e normal entre empresas,", afirmou o arguido, para quem essa "engenharia financeira" servia para aumentar a "auto-estima" dos sócios e melhorar a imagem do clube, e nunca para atrair investidores. Sobre o destino do cheque de um milhão de contos - depositado na conta-corrente entre a Vale e Azevedo e Associados e o Benfica - o antigo líder encarnado foi peremptório: "Não há a menor dúvida que foi gasto todo ele e muito mais em despesas do Benfica e as facturas e documentos comprovativos deveriam estar na contabilidade". Vale e Azevedo descartou qualquer responsabilidade pelo facto de não existirem tais registos: "se não há documentos é-me totalmente desconhecido".