SL Benfica 2 - 2 (1 x 2 p.s.) OC Barcelos
DESENLACE INGLÓRIO
Benfica perdeu nas grandes penalidades (1-2), frente ao OC Barcelos, em partida da meias-finais da Taça de Portugal, após o 2-2 no tempo regulamentar.
As equipas de hóquei em patins do Benfica e do OC Barcelos discutiram a partida da meia-final da Taça de Portugal no Pavilhão Municipal de Barcelos. Os minhotos venceram nas grandes penalidades (1-2), após o 2-2 no fim do prolongamento, neste sábado, 27 de abril.
Do lado das águias, Carlos Nicolía, a recuperar de lesão, não entrou nas contas para este duelo, tal como Zé Miranda, impedido de alinhar devido a uma mazela.
O desafio começou intenso, com as duas equipas em busca de criar oportunidades o mais rapidamente possível. Os primeiros minutos acabaram por se revelar um bom espelho do que seriam os 25 minutos iniciais.
No primeiro lance de grande perigo, Roberto Di Benedetto rematou forte, mas Conti Acevedo respondeu bem e conseguiu defender (6'), à imagem do que fez no minuto seguinte, quando travou as intenções de Pablo Álvarez, que surgiu isolado (7').
Do outro lado do campo, Pedro Henriques também se impôs bem às tentativas do Barcelos, tendo, numa delas, negado golo a Danilo Rampulla (8').
O jogo estava numa toada de parada e resposta, e, também aos 8', novamente Pablo Álvarez esteve muito perto de marcar, mas viu a bola bater no poste, após desvio decisivo do guarda-redes Conti Acevedo.
A bola andou sempre perto das balizas, e sentia-se que o golo estava perto de acontecer, fosse para que lado fosse. O mesmo chegou, e pintado de vermelho e branco. Grande tiro de Nil Roca, de muito de longe, com a bola a parar no fundo das redes do Barcelos (1-0, aos 17'). Estava inaugurado o marcador desta segunda meia-final da Taça de Portugal.
No entanto, a vantagem encarnada durou poucos segundos, já que, ainda no minuto 17, o OC Barcelos conseguiu empatar a partida (1-1), através de um livre direto cobrado de forma artística por parte de Álvaro Morais.
Os dois golos de rajada acalmaram um pouco o ritmo frenético com que o jogo se desenrolava. Mesmo com um ligeiro ascendente territorial dos homens da casa – que jogavam na condição de visitantes –, o Benfica nunca deixou de criar situações de perigo.
Quando se pensava que o encontro iria tranquilamente para tempo de intervalo, sucedeu o lance mais polémico do desafio, no último segundo da primeira parte. Pablo Álvarez rematou, e deu a sensação de que a bola teria entrado, tendo os árbitros indicado golo para o Benfica.
Contudo, a equipa de arbitragem foi ao Sistema de Revisão de Vídeo (SRV) e acabou por reverter a decisão. Ficou a dúvida se o lance tinha sido invalidado porque os juízes entenderam que a bola não entrou, ou porque já se teria ouvido a buzina para o intervalo. Segundo a transmissão televisiva, foi mesmo esta última a razão para o golo ter sido anulado.
Com 1-1 no marcador, a segunda parte começou com o Benfica mais ofensivo e com razões de queixas da arbitragem. Nil Roca surgiu isolado na cara de Conti Acevedo, mas foi travado por um toque de um adversário, tendo caído de forma desamparada. Os juízes não assinalaram falta, e, mesmo consultando o SRV, a equipa de arbitragem manteve a decisão.
Mas o Benfica havia mesmo de chegar ao golo, e foi um golaço. Remate de meia distância de Roberto Di Benedetto, e a bola entrou na baliza à guarda de Conti Acevedo (2-1, aos 34').
Com a vantagem no marcador, as águias pegaram nas rédeas, jogando dentro do meio-campo adversário, e não permitindo que os anfitriões tivessem grandes ensejos de empatar.
Porém, numa das jogadas mais bem desenhadas por parte do OC Barcelos, Miguel Rocha conseguiu fazer a igualdade (2-2, aos 44').
Com cinco minutos para se disputar no tempo regulamentar, as equipas começaram a jogar mais na expetativa, sem grandes jogadas de risco.
Assim, quando se ouviu o sinal sonoro que determinou o fim dos 50 minutos, o resultado era de 2-2, uma igualdade que significava que o desafio ia para prolongamento. Neste período, foram escassas as oportunidades de golo, mesmo com a bola a rondar as duas balizas. Jogava-se mais com o coração do que com a cabeça, até porque o ambiente fantástico proporcionado pelos adeptos de ambas as equipas neste jogo quase que assim o obrigava.
Terminados os 10 minutos do tempo extra, o desafio avançou para o desempate por grandes penalidades, onde o OC Barcelos foi mais feliz (1-2), marcando duas, enquanto o Benfica apenas concretizou uma, por Nil Roca.
Os minhotos apuraram-se assim para a final da Taça de Portugal, enquanto as águias voltam a apontar baterias para o Campeonato Nacional. Na próxima quarta-feira, 1 de maio, às 19h00, as águias recebem a Juventude Pacense, em jogo da 25.ª jornada da prova.
DECLARAÇÕES
Nuno Resende (treinador do Benfica): "Quero dar os parabéns aos meus jogadores, foi uma tremenda exibição. Grande jogo de hóquei num ambiente difícil, contra uma excelente equipa. Tivemos domínio e controlo do jogo, estivemos na frente e podíamos ter aumentado a vantagem, irrepreensíveis defensivamente. Faltou-nos a pontinha de sorte no final do prolongamento com uma bola na barra. Foi uma prestação altíssima, os jogadores honraram a camisola do Benfica. Perder nos penáltis é inglório. Mas saio orgulhoso deste pavilhão por aquilo que conseguimos construir. Temos de ir buscar muita coisa que fizemos bem, fora de casa, frente a uma excelente equipa, num pavilhão completamente lotado, para lutar pelos objetivos que ainda temos para esta época."
Nil Roca (defesa do Benfica): "Houve muito equilíbrio e muita luta dentro do campo, e no final, quando se chega aos penáltis, é uma lotaria. Fizemos um bom jogo, anulámos a equipa do Barcelos, mas podíamos ter matado cedo o jogo e não o conseguimos. E, no hóquei, um golo de vantagem é muito curto. Tenho de pedir desculpa aos adeptos porque queríamos muito esta Taça, mas escapou. É uma pancada forte, estamos tristes, mas vamos levantar a cabeça e lutar para conseguir o bicampeonato… porque isto é o Benfica, não temos outra opção senão ganhar e seguir com a cabeça levantada."
FICHA DE JOGO
Cinco inicial do Benfica: Pedro Henriques, Pablo Álvarez, Lucas Ordoñez, Nil Roca e Roberto Di Benedetto
Suplentes: Bernardo Mendes (NJ), Diogo Rafael (J), Pol Manrubia (J), Viti (NJ) e Gonçalo Pinto (J)
Golos Benfica: Nil Roca (1) e Roberto Di Benedetto (1)
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2024/04/27/hoquei-em-patins-jogo-benfica-oc-barcelos-meia-final-taca-de-portugal
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