Maioria aprova aumento de quotas

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Manuel Vilarinho necessitou de fazer «horas extraordinárias» para vencer, ontem, mais uma batalha contra o passivo do clube, que qualificou de «vivo» e impeditivo de grandes investimentos

OS SÓCIOS do Benfica aprovaram «por larga maioria» o aumento de quotas proposto pela Direcção do clube da Luz na Assembleia Geral extraordinária ontem realizada no Pavilhão da Luz. Desta forma e com a promessa de que as verbas resultantes do aumento das quotas seriam totalmente destinadas ao combate do passivo de 83,5 milhões de euros (17,3 milhões de contos).

Na sua intervenção introdutória da proposta da Direcção (para além desta, foram apresentadas ainda mais quatro), o presidente, Manuel Vilarinho, afirmou que "o passivo não é só aquele que se vai pagar em dois, três ou quatro anos. Há, também, o «passivo vivo», que estrangula o clube... Casos em que não se podem inscrever jogadores. São situações que podem vir a repetir-se. Não é um passivo do tipo do Real Madrid, que permite continuar a fazer investimentos. O nosso passivo é diferente: É «vivo». O futebol, como principal fonte de rendimento do clube, também terá de pagar as dívidas. Até ao dia em que foi constituída a SAD, as dívidas do clube são também do futebol".

O líder do clube encarnado referiu ainda que «já entraram no clube 47,4 milhões de euros (9,5 milhões de contos). Só não entraram os 65 milhões de euros (13 milhões de contos) [prometidos durante a campanha eleitoral] devido à actual crise mundial».

Refira-se que, dadas as intervenções dos associados que pediram para tomar a palavra terem sido maioritariamente contrárias à proposta da Direcção, tanto o secretário mesa da AG, Fialho Gouveia, como o próprio Manuel Vilarinho se sentiram na necessidade de voltar ao palanque, por forma a, com as suas intervenções, assegurarem o desfecho favorável da votação.

A proposta da Direcção recebeu 2062 votos favoráveis.

Sócios efectivos passam a pagar 12 euros por mês

Com o aumento de quotas aprovado, os sócios efectivos passam a pagar 12 euros (2400 escudos) por mês, ao passo que os sócios efectivos menores (entre 14 e 18 anos) pagarão exactamente metade. Os associados correspondentes pagarão anualmente 66 euros (13.200 escudos), enquanto continua a isenção de quotas para os sócios infantis.

Conselho Fiscal estreia-se em Assembleias Gerais

A Assembleia Geral de ontem marcou a estreia do terceiro presidente do Conselho Fiscal da era Vilarinho, Fernando Fonseca Santos, facto assinalado e saudado no início da reunião magna pelo presidente da mesa da AG, Paulo Olavo Cunha. Fonseca Santos sucedeu, deste modo, a Luís Nazaré e João Carvalho.

Texto: www.Record.pt