Benfica frente ao Boavista: Defender e fé em Mantorras

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www.record.pt
Sem poder contar com Zahovic, Toni apostou num meio-campo de contenção, com três médios-defensivos, para contrabalançar a habitual capacidade de “pressing” do Boavista. Quase atingia o objectivo, mas comprometeu à partida as hipóteses de discutir a vitória. Com a agravante de Drulovic ter passado ao lado do jogo. Mantorras sozinho não faz milagres... ENKE – Evitou, aos 67’, o segundo golo com uma esplêndida estirada na sequência de uma cabeçada violenta de Frechaut. Conseguiu manter um nível de concentração no jogo, mesmo não tendo sido posto verdadeiramente à prova, que tornou ‘fáceis’ algumas intervenções com um grau de dificuldade mais elevado. CANEIRA – É um caso invulgar de adaptação de um central a lateral. Algumas dificuldades iniciais perante Rui Lima, origando-o a recorrer à falta, mas não tardou a acertar o tempo de entrada aos lances. Uma boa exibição do ponto de vista defensivo. ARGEL – Falhou no golo de Silva, logo aos 7’, ao acorrer à lateral para ser batido por Rui Lima, sem a devida compensação. A partir daí, largou a marcação a Silva, passou a ser o elemento solto e não voltou a comprometer. JOÃO MANUEL PINTO – Passou a marcar Silva a partir do golo, pois Argel falhou e andava “pegado” com o nº 11 do Bessa. No seu estilo “forte e feio” soube levar a ‘água ao seu moínho’. JORGE RIBEIRO – Demorou um pouco a ganhar o posicionamento e o tempo de entrada aos lances. Mas quando o conseguiu, Martelinho teve um opositor à altura. Desinibido e raçudo. FERNANDO AGUIAR – Lutou muito, no seu estilo peculiar, mas pisou terrenos que não eram seus, sem noção dos espaços e da movimentação. Acabou a ponta-de-lança. ANDERSSON – Frouxo. Sem um rasgo que pudesse emprestar alguma criatividade àquele meio-campo monocórdico. EDNILSON – Dos três “carregadores de piano” foi o único que tentou pôr a bola no chão e sair a jogar com algum sentido de orientação e noção da amplitude do campo. Daí que não se tivesse percebido que tenha sido ele o “sacrificado”. SIMÃO – A sua velocidade criou problemas à defesa do Bessa, obrigada a travá-lo sistematicamente em falta. Mas faltou-lhe um “golpe de asa” capaz de desequilibrar a defesa adversária. DRULOVIC – Com três médios-defensivos e a atacar com tão pouca gente, tudo se complica quando uma dessas unidades passa ao lado do jogo. Só lhe faltou o “banquinho” para se sentar... MIGUEL – Deu outra vivacidade e agressividade ao ataque. Devia ter entrado mais cedo. CARLITOS – Chegou a entrar?