Benfica frente ao Marítimo: A Taça não era objectivo?

O Benfica mostrou estar mais preocupado com os compromissos da I Liga (frente a Sporting e Boavista, respectivamente) do que em assegurar a passagem à eliminatória seguinte. Na Luz, já se provara que não era possível aproveitar um jogo com o Marítimo para gerir, em termos físicos, o plantel que os encarnados dispõem. Ontem, nos Barreiros, os responsáveis cometeram o mesmo erro, abdicando, de início, de Simão e Mantorras. ENKE – Não teve responsabilidades no golo sofrido. Foi chamado poucas vezes a intervir, mas fê-lo sempre com segurança. ARGEL – Sentiu problemas com André. No lance do golo, não conseguiu dobrar Rui Baião, que deixara escapar Van der Gaag. JOÃO MANUEL PINTO – Não comprometeu, embora revelasse alguma insegurança num ou noutro lance. A substituição de André deixou-o mais tranquilo. Acabou a partida a ponta-de-lança, como nos tempos do FC Porto, mas não foi o apoio de que Mantorras precisava. PESARESI – Perdeu no duelo com Alan, seu adversário directo. Mesmo não cometendo erros clamorosos, o italiano continua a patentear um claro défice de qualidade. MEIRA – Teve um remate perigoso, uma jogada individual que criou desequilíbrios e um centro bem medido para JM Pinto. Em termos defensivos, o principal aspecto que devia acautelar, escondeu-se inexplicavelmente. O melhor exemplo aconteceu quase ao fim, em que se "desviou" de Iliev, que entrara com perigo na área. ANDERSSON – À procura de ritmo. RUI BAIÃO – Apesar da falha no lance do golo, o jovem médio revelou voluntarismo e chamou a si a responsabilidade de coordenar os lances de ataque, mesmo que as circunstâncias aconselhassem que essa missão fosse desempenhada por alguém mais experiente. ZAHOVIC – Criou perigo em lances de bola parada. DRULOVIC – Reclamou demasiado com os companheiros. Um ou outro pormenor de qualidade não lhe salvou a exibição. MAWETE – Desperdiçou duas ocasiões de golo (7 e 31 m). SIMÃO – Muito abaixo do trabalho produzidos nos últimos jogos. MANTORRAS – A entrada do angolano colocou a defesa adversária em respeito. Tentou furar a muralha adversária, experimentou o remate, mas também não teve o apoio ideal. MIGUEL – Apesar do esforço, trouxe muito pouco de novo à equipa.