Benfica frente ao Sp. Braga: Pilares atrás e gazua na frente

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MANTORRAS - O regresso do goleador Um golo de valor incalculável, principalmente porque permitiu à sua equipa levar três pontos. É verdade que o goleador encarnado não teve vida fácil, espaço e aberturas propícias para poder meter a velocidade que deixa para trás a concorrência, muito por culpa das marcações que lhe eram dedicadas, ora por Ricardo Rocha, Idalécio e, depois, Artur Jorge. Mas isso só reforça a sua capacidade e em duas oportunidades tidas – aos 49' e 69' – concretizou uma, dando o melhor seguimento à não menos excelente abertura de Simão e sentando Quim, a sair dos postes em desespero de causa. E, convenhamos, não é qualquer um que senta o guarda-redes bracarense no relvado. Uma vitória construída no segundo tempo, com outra raça, outra dinâmica, outra velocidade na passagem defesa ataque. Depois de 45' incaracterísticos, sem ideias nem fio de jogo, o intervalo foi benéfico para as correcções necessárias. E o "lucro" apareceu, naturalmente, quebrando o ciclo vitorioso dos bracarenses, no seu estádio. ENKE – Um dos esteios da vitória. Quatro grandes defesas – aos 12', 18', 24' e 46' – a remates de Tiago, Barata e Barroso, garantiram a tranquilidade total. Excelente – como sempre – a sua colocação entre os postes. CABRAL – Penalizado pela expulsão, aos 71 m, por falta sobre Zé Roberto. Enquanto em campo, apesar de algumas dificuldades iniciais causadas pelo irrequietismo de Riva, não se lhe poderia atribuir nota negativa. Mas aquele lance manchou o trabalho realizado, ainda que sempre pautado por eficácia defensiva e apoio aos sectores dianteiros. ARGEL – Sem adversário para marcar, esteve sempre atento às dobras precisas. E não foram poucas. O estilo foi sempre prático, isto é, desarme feito e bola colocada o mais longe possível. Um excelente corte – aos 78' – evitou cruzamento de Tiago. JOÃO MANUEL PINTO – Uma exibição com bitola alta e bonito despique com Barata. Juntou a raça à boa visão de jogo no colocar a bola jogável, na dianteira. Um senão para corrigir: desnecessário pontapear a bola, com o jogo parado, o que lhe custou um cartão amarelo. CANEIRA – Outra exibição a justificar nota alta. Voluntarioso, astuto nas subidas pelo seu flanco e eficaz sentido posicional que lhe permitiu cortar cruzamentos com perigo iminente. ANDERSON – Uma noite sobre o fraco. A sua substituição, aos 43', entende-se perfeitamente. EDNILSON – Depois de uma primeira parte sem jeito, foi outro dos elementos que subiu muito de rendimento no período complementar. FERNANDO MEIRA – Tentou colocar ordem no futebol colectivo, no primeiro tempo. Esforçou-se para isso, embora o resultado não fosse o que desejava. Melhor no segundo tempo, na missão defensiva e ofensiva. DRULOVIC – Uma sombra de si próprio. Sem chama, sem criatividade. Dois cruzamentos – o primeiro só aos 19' – sem perigo. Por aí se ficou. SIMÃO – Está a surgir ao seu verdadeiro nível. O amarelo – que irritou Toni –, visto logo aos 20', não o impressionou. Fez a cabeça em água a Tito e dos seus pés saiu o passe que rasgou a defesa bracarense e isolou Mantorras para o golo. MIGUEL – Rendeu Andersson e teve, claramente, um rendimento superior. Com ele a equipa teve outra atitude a meio-campo, quer no segurar da bola quer, também, na criação de espaços para os atacantes. ANDRADE – Rendeu Drulovic por necessidade estratégica, devido à expulsão de cabral. Treze minutos em campo. RUI BAIÃO – Não chegou a aquecer...