CAMACHO: Benfica não pode deixar sair

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Fonte
www.abola.pt
A agência Efe convidou um grupo muito restrito de jornalistas para uma conversa amena, de fim de tarde, com José Antonio Camacho. Lisboa ao pôr do sol. Camacho viu a magnifica vista de um terraço da Avenida da Liberdade. O castelo de S. Jorge já iluminado, o rio em fundo, o casario típico da cidade. «A Bola» teve, pois, o privilégio de ser o único jornal desportivo português a fazer parte do grupo de amigos da «Efe» e de por ali ficar, na sala José Saramago, à conversa — que de conversa, mais do que uma entrevista formal se tratou. Melhor ainda, porque nas formalidades se perde, não raras vezes, a espontaneidade do entrevistado e Camacho é um homem espontâneo e frontal. Excelente conversador, refinado humor, sentido prático. Na conversa, a táctica de Camacho é o ataque. Ataca as questões que, para alguns se tornariam demasiado perturbadoras, com manifesto à vontade. Não parece medir as palavras, mesmo quando pisa terrenos mais sensíveis. É arguto, imediatista e tem raça. Se é esse temperamento que está a transmitir à equipa do Benfica, sorte a do clube e dos seus adeptos. «O Benfica precisava de muito trabalho...» Se a ideia era coloquial, a conversa acima da entrevista, tentemos, pois, apanhar-lhe esse jeito, menos natural no jornalismo. Não interessará, assim, ao leitor, quem perguntou, mas sim o que se perguntou e, sobretudo, o que Camacho respondeu. — Em Espanha, muita gente pergunta: por que se foi Camacho? — Porque estava na selecção e decidi que queria estar todos os dias mais perto dos jogadores. O Benfica apareceu na altura exacta. — Contente com a sua decisão? — Por enquanto, sim. O Benfica necessitava, realmente, de muito trabalho no dia-a-dia, por isso trabalho mais, até, do que seria normal. Não me queixo, porque trabalho naquilo que gosto e estou todos os dias no terreno, com os jogadores. — É importante um treinador de futebol ter sido jogador, não? — É importante, porque nos ajuda a entender melhor o que eles sentem. Principalmente o que sentem aqueles que não entram na equipa titular. Vocês, jornalistas, querem saber dos que jogam, mas aqueles que jogam, não jogam sempre e por isso eu tenho de querer saber de todos. Veja a reportagem na integra em www.abola.pt edição do dia 24 janeiro!