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José Antonio Camacho destacou ontem a ideia de que os reforços para o Benfica, na reabertura de mercado, não dependem só dele. Os dirigentes dos encarnados terão um papel fundamental na contratação de novos jogadores.
"Eu faço a planificação mas os reforços dependem do clube", afirmou o treinador à chegada ao aeroporto da Portela, ontem de manhã, depois de ter passado a quadra natalícia, junto da família, em Espanha.
"Reforços? Tem de ser o Benfica a trabalhar. É lógico que eu sei o que é melhor para a equipa e planeio, mas não tenho uma varinha mágica. Por mim, quero que venham os melhores, claro", sublinhou o novo treinador dos encarnados.
Segundo o técnico espanhol, nem será necessário haver uma reunião com o Conselho de Administração da SAD para definir as dispensas e contratações. Já está tudo esclarecido e definido, embora todos os processos relacionados com o tema encontrem-se ainda em fase embrionária.
"Não sei de reunião nenhuma. Mas não é preciso nenhuma reunião. Eu e os dirigentes falamos todos os dias", continuou o espanhol, encerrando o tema dos reforços.
José Antonio Camacho voltou a manifestar-se positivamente sobre o plantel que lidera e demonstrou realismo em relação ao futuro do clube na Superliga. "Tenho a equipa que tenho. Trabalha nos treinos e dentro do campo também faz o que pode. A eles compete correr, jogar e trabalhar. A mim, cabe-me dirigi-los. Nada mais".
Sobre o título, Camacho reforçou uma ideia já expressa: "Se defendermos o segundo lugar podemos chegar ao primeiro. Ou seja, se estivermos em segundo será sempre mais fácil passar para primeiro". Mas, conclui: "O FC Porto tem uma vantagem muito grande".
A terminar, o novo treinador dos encarnados despediu-se enunciando os seus votos para 2003: "Desejo que toda a gente seja feliz. E que o Benfica ganhe o próximo jogo, e o próximo, e o próximo".
«Anderson? Não falo em nomes»
O nome do possível reforço que tem sido falado com mais insistência, nomeadamente pela imprensa brasileira, é o de Anderson Lima, lateral do Grêmio. Camacho defende-se, quando confrontado com o nome do jogador.
"Cada um pode falar nos nomes que quiser. Mas eu não. Até porque, no mercado, quando se fala num nome, ele valoriza logo. Por isso, mais vale não falar", disse o técnico espanhol. Entretanto, no Brasil foi noticiado o interesse inequívoco do Grêmio em manter o jogador na equipa.