Cenário de empréstimo não agrada a Júnior

Fonte
www.abola.pt
Enquanto os dirigentes do Benfica e o empresário Oliveira Júnior procuram uma aproximação que permita o entendimento, nomeadamente no que à comissão do negócio diz respeito, o dossier Júnior conheceu, entretanto, novos desenvolvimentos. O jogador já discutiu com a família os prós e contras da mudança para a Luz e chegou à conclusão de que uma transferência por um período de apenas cinco meses não seria de forma alguma benéfica. Gabriel, o filho de Júnior e Kelly, ainda não completou três anos, e além disso o casal pretende manter uma vida estável. Recorde-se que Júnior esteve três anos no Vitória da Bahia, cinco no Palmeiras e está prestes a completar a terceira temporada ao serviço do Parma. Aos 29 anos e com um filho em tenra idade, o jogador e a família apenas pretendem mudar de ares em definitivo e não numa situação de curto prazo que oferece poucas garantias quanto ao futuro e que implica diversas alterações no ritmo familiar. Na prática, Júnior teme que, quando já estiver integrado em Portugal, possa ter de regressar a Parma. Seja como for, o internacional brasileiro nunca escondeu a sua vontade em vestir de encarnado, pelo que a sua posição pode ser revista, desde que garantido o bem-estar dos seus. Resta saber se também o Benfica está disposto a ceder, uma vez que desde o início do processo deixou bem clara a sua intenção: empréstimo primeiro, compra depois. Dois milhões de euros pode ser base de acordo No que diz respeito aos dois clubes, há também algumas questões ainda a acertar relativamente à opção de compra do jogador. O Parma aceita a cedência até final da época, mas pretende receber entre três e 3,5 milhões de euros pela transferência. O Benfica, por seu turno, já fez saber que só está na disposição de levar a parada até 1,5 milhões, tendo em conta a idade de Júnior (29 anos). O entendimento deverá situar-se nos dois milhões (400 mil contos), sendo que os encarnados poderão liquidar a transferência num período de dois a três anos, com início apenas em 2004. Interesse intacto Relativamente ao contrato de cedência, há acordo total, como A BOLA já referiu: o emblema português terá a seu cargo 40 por cento dos salários do lateral-esquerdo, ficando o Parma a pagar o restante. No caso de, numa segunda fase, o Benfica pretender avançar para a contratação em definitivo, naturalmente que estes valores seriam alvo de uma revisão. Isto porque dificilmente as águias teriam capacidade financeira para firmar com o jogador um contrato idêntico ao que este tem com o Parma. Tudo dependeria, contudo, da vontade das partes e das qualidades demonstradas pelo defesa durante o período de empréstimo. Apesar de todos estes contratempos, o Benfica mantém o interesse na contratação do campeão do mundo, de tal forma que nos últimos dias os contactos intensificaram-se. O jogador, por seu turno, continua na expectativa, ansioso por ver o futuro resolvido. Como o próprio já referiu ao nosso jornal, até dia 31 tudo é possível. As negociações prosseguem.