Dirigentes estão unidos

Fonte
www.abola.pt
Causou profundo incómodo a notícia do Semanário sobre divisões internas no Benfica, a propósito de uma alegada preferência para futuro presidente de Manuel Vilarinho por Fonseca Santos e de Tinoco de Faria por Luís Filipe Vieira. Na inauguração da Casa do Benfica de Silves, Vilarinho foi taxativo: «Os dirigentes do Benfica estão unidos. Das quatro pessoas envolvidas na notícia, três delas são amigas há mais de 20 anos. A quarta [Luís Filipe Vieira], é amiga há ano e meio e por ela temos muita estima, como se fosse amigo há vários anos. Podem cansar-se de tentar desunir os dirigentes do Benfica. Temos a fibra do Benfica do antigamente.» Para Manuel Vilarinho «seria estúpido, se não tivéssemos um projecto e convicção em comum, trabalharmos juntos todos os dias». Além disso, «os dirigentes são uma família e só querem o melhor para o nosso clube». Cada decisão tomada é «una e indivisível» e corresponde à «opinião de cada um». Futuro anunciado mais tarde Manuel Vilarinho não concordou com a interpretação dos seus discurso em Aveiras de Cima, a semana passada, que muitos leram como a revelação de que não se vai recandidatar. «Nada digo nas entrelinhas, digo tudo nas linhas. O que eu quis dizer é que os dirigentes futuros devem ser gente de bem. Não disse quando. Para que não restem dúvidas, só tomarei uma decisão sobre o processo eleitoral na altura devida. Só depois de apresentadas as outras eventuais candidaturas», resumiu. Importante é que «os benfiquistas tenham ciente que a casa mãe precisa ainda de ajuda nos próximos três a quatro anos» e que os futuros dirigentes «dêem o canastro, não que encham o canastro». «Blackout» para jornalistas Porque gosta de «conversar» com os sócios e simpatizantes do Benfica, «em vez de discursos», Manuel Vilarinho fala de «improviso» e renovou a sua insatisfação com a interpretação de que as suas declarações têm sido, «por norma mal interpretadas». Por isso... «Esta foi a última vez que falei aos benfiquistas, nas casas, com a comunicação social presente.» Além de que, «os grandes homens caracterizam-se por falar pouco e agir muito, sem necessidade de gritar». Ponto final. Tempo ainda para elogiar a festa de ontem, agradecer a Cavém, Eusébio, José Augusto e Artur Santos pelo passado glorioso.