Fonte
A Bola
Bernardo Vasconcelos, médico do Benfica, foi ontem à conferência de imprensa promovida pelo clube, cerca de uma hora depois de terminado o treino no Estádio da Cidadela, para informar os jornalistas portugueses de que Mantorras «voltou a apresentar queixas do joelho direito», ao qual fora submetido a recente intervenção cirúrgica, contrariedade que, ainda segundo a exposição do clínico benfiquista, vai ocasionar a que o jogador seja «sujeito a um trabalho específico, de três a quatro semanas, para estabilizar» a zona de novo afectada.
O programa de trabalho específico de recuperação a que Bernardo Vasconcelos aludiu «destina-se a salvaguardar o futuro do jogador», nomeadamente para que no «começo da próxima época Mantorras possa ser utilizado sem qualquer tipo de limitação». Esta realidade clínica «impede-o de cumprir integralmente» o jogo de hoje com o Benfica de Luanda, o mesmo é dizer que fica também em risco a sua presença no encontro de domingo.
Assim, pode estar ultrapassado o nó que os dirigentes do Benfica e da Federação angolana tinham para desfazer, já que uma e outra parte iam sentar-se à mesa para conversar sobre qual a camisola que Mantorras vestiria no jogo que colocará frente a frente o clube português e a selecção de Angola. Isto porque Ismael Kurtz, seleccionador angolano, reforçara ontem, de manhã, aos jornalistas portugueses, o seu desejo de não prescindir da presença do jogador no onze por si comandado.
«É minha intenção que Mantorras jogue por Angola, até porque o Benfica já não tem compromissos oficiais para cumprir, ao contrário do que acontece com Angola, pois temos de nos preparar para defrontrar o Malawi, no próximo dia 18, em jogo a contar para a Taça COSAFA», disse-nos Ismael Kurtz.
O imbróglio, portanto, pode estar em vias de ser ultrapassado. Da maneira que, convenhamos, menos agradaria a qualquer das partes envolvidas neste processo de intenções.