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Toni: «Não aconteceu Taça porque fomos sérios e profissionais»
O treinador benfiquista, por outro lado, assumiu a necessidade de reajustamentos no plantel em Dezembro, quando reabrir o período de inscrições na Liga de Clubes. Mas não confirmou os nomes nem as posições dos jogadores que podem ingressar no clube da Luz
A BASE da vitória do Benfica sobre o Infesta, segundo Toni, esteve no facto de a equipa encarnada não ter menosprezado o valor do adversário, actualmente a ocupar um dos últimos lugares da II Divisão B – Zona Norte. “Não aconteceu Taça porque o Benfica teve uma atitude séria e profissional. Sabíamos o que iríamos encontrar e não fomos enganados. A Taça tem qualquer coisa de especial, motiva – e de que maneira – os jogadores de equipas mais pequenas, de divisões inferiores. Era importante que a nossa equipa atentasse a esta situação e tivemos respeito pelo Infesta”, considerou o treinador benfiquista.
Toni, quando confrontado com a queda de rendimento demonstrada pelo Benfica na segunda parte, voltaria a destacar o empenho demonstrado pela formação nortenha. “Não estávamos a jogar sozinhos. O Infesta nunca baixou os braços e, em alguns momentos da segunda parte, perdemos o controlo do jogo.” O técnico benfiquista desvalorizou ainda algumas manifestações de insatisfação que demonstrou em vários períodos da parte final do encontro. “Cada treinador tem as suas reacções. Alguns parecem estar impávidos e serenos, enquanto outros vivem e reagem com algum descontentamento nos lances menos bons, como aplaudem nos bons”, justificou.
O técnico encarnado, que no final do jogo trocara um curto mas emotivo diálogo com o treinador do Infesta, Augusto Mata, teceria, durante a conferência de Imprensa, novos elogios ao seu colega de profissão, famoso pela longevidade à frente do clube nortenho. “Temos de dar uma palavra ao homem e ao treinador, uma referência do futebol português, porque as referências também estão nos pequenos clubes. Pela forma e dedicação e por estar a fazer um trabalho digno de relevo para quem está num clube modesto há mais de duas décadas.”
Fora do âmbito do encontro que marcou a estreia do Benfica na Taça de Portugal 2001/02, Toni assumiu a necessidade de alguns ajustes no plantel encarnado em Dezembro, mas não confirmou posições nem nomes de jogadores. O técnico benfiquista, talvez para retirar um tom mais dramático à questão, começou a sua resposta com o relato de uma piada que lhe foi contada por amigo, na qual um treinador solicita os préstimos de um conhecedor do mercado brasileiro para a aquisição de um centro-avante [ponta-de-lança] “fuçador e trombador” e obtém uma resposta inesperada: “Então você quer um porcão!”
Mais a sério, o técnico encarnado, apesar de ter lembrado as dificuldades financeiras do clube da Luz, deixou claro que haverá pequenas mudanças no plantel quando for possível inscrever novos jogadores na Liga de Clubes. “Não sei se é um dez, um sete ou um nove. Para ir ao mercado, é preciso ter papel. Alguns reajustamentos serão necessários, mas de uma forma rigorosa, sustentada e alicerçada em bases, para que não se cometam erros do passado”, defendeu.