Benfica adia decisões para a última jornada

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A equipa de Ronald Koeman, que surpreendeu com a constituição do onze inicial, surgiu de «fato-macaco», os jogadores deram tudo o que tinham, entregaram-se à luta, mas foi gritante a incapacidade para apresentar futebol organizado.

Sem ninguém para pautar o jogo no «miolo» do terreno – Nuno Gomes recuava e tentava chamar a si essa função –, as jogadas do Benfica resumiam-se às bolas longas para a frente, onde Miccoli – votado ao abandono –, era apanhado vezes sem conta em posição de fora-de-jogo.

Perante o desacerto do adversário, o Lille lograva chamar a si os lances de maior perigo. E foram dois, na primeira parte, sempre com Moussilou como protagonista. Mas em ambos, o avançado francês, aos 25 e 42 minutos, não conseguiu concretizar com sucesso.

Na segunda parte o cariz do jogo em pouco ou nada se alterou. O Benfica continuou com um futebol sofrido e «desgarrado» – ainda que muito solidário nas tarefas defensivas –, mas em lances esporádicos, com primazia pelo flanco direito, colocava em sobressalto o último reduto dos franceses.

E os lances de golo da etapa complementar ficariam reservados para os instantes finais. O primeiro pertenceu ao Lille, que por intermédio de Dernis, aos 89 minutos, esteve perto de desfazer o «nulo» - Quim não o permitiu. Depois foi Pedro Mantorras, já em período de descontos, naquele que seria o derradeiro lance do jogo, a desperdiçar soberana ocasião para garantir a tão desejada vitória.

Mais de 40 mil adeptos do Benfica marcaram presença no Stade de France, mas os jogadores não conseguiram corresponder aos anseios dos milhares de emigrantes, ávidos por ver o emblema do seu coração voltar aos bons resultados na Europa do futebol.

Para seguir em frente na Liga dos Campeões, o Benfica terá, forçosamente, de vencer o Manchester United no Estádio da Luz, no próximo dia 7 de Dezembro.

Texto: Jornal "A Bola"