«Benfica não deve um tostão a Vale e Azevedo»

Submitted by Anónimo (not verified) on
Manuel Vilarinho já reagiu à decisão do tribunal de penhorar bens do Benfica por alegada dívida de 1,2 de contos reclamada por Vale e Azevedo.


A notícia caiu que nem uma bomba: o tribunal mandou congelar as contas bancárias, os direitos televisivos e alguns contratos com patrocinadores, os passes dos jogadores e todas as receitas de bilheteira do Benfica, por alegada dívida de 1,2 milhões de contos reclamada por Vale e Azevedo, antigo presidente do clube a cumprir prisão preventiva por alegadas irregularidades nas contas. Manuel Vilarinho reuniu de emergência a Direcção a que preside, no Estádio da Luz, na presença de outras figuras dos órgãos sociais e da SAD, com vista a analisar a situação. No final, afirmou à comunicação social: «Viemos para o Benfica com espírito de missão e não vamos deixar que as pessoas que aqui trabalham fiquem sem salários. Teremos de sujeitar-nos às decisões do tribunal, mas existe uma causa justificativa para a nossa atitude, porque a penhora, decretada nestes termos, priva o clube das suas receitas diárias. Logo, ou pára ou desrespeito-a», começou por afirmar o presidente do Benfica. Sem querer pronunciar-se sobre «matéria que cabe ao poder judicial», Manuel Vilarinho não deixou de criticar esta decisão do tribunal: «Admito que o juiz que apreciou a causa tenha ‘despachado de chapa’, ou seja, decidiu-se pela penhora e... penhoram-se de imediato os bens. É natural. Já fui magistrado e sei que muitas vezes também procedi assim. Se o juiz tivesse analisado minuciosamente o processo, teria reduzido estes bens cuja penhora foi solicitada à sua natural medida, que chegaria para o pagamento de um milhão de contos, que o Benfica não deve e vai demonstrar que não deve, havendo acções a correr no tribunal nesse sentido.» Manuel Vilarinho revelou ainda que a 23 de Outubro de 2000, quatro dias antes de terminar o seu mandato, Vale e Azevedo sacou uma letra ao clube e endossou-a a uma das suas empresas, a Sogifa. O documento foi exibido publicamente pelo actual presidente do Benfica.