Troféu Samsung: Benfica 0-1 Chelsea

Submitted by K_POBORSKY on
O jogo poderia bem ser uma partida das competições europeias, mas tratava-se apenas de um particular entre os campeões de Portugal e de Inglaterra. Em jogo estava o troféu Samsung. Os «encarnados» que haviam chegado da Suíça tinham então o primeiro teste em solo português, perante o seu público e na sua casa.

Ainda assim, as bancadas não registaram os números esperados, mas eram suficientes os adeptos presentes, para apoiarem a sua equipa neste embate frente aos «Blues» de Mourinho. Koeman estreava-se então no banco de suplentes com o seu esquema táctico (4-3-3) apresentando uma equipa constituída por Quim na baliza; João Pereira, Anderson, Ricardo Rocha e Dos Santos na defesa; Petit, Beto, Simão Sabrosa e Geovanni no meio-campo; Karyaka e Nuno Gomes na frente.

1.ª Parte: O poder defensivo inglês travou a garra benfiquista...

O Benfica entrou bem na partida e logo aos 3 minutos Karyaka mostrava determinação ao rematar forte à baliza defendida por Cech. Os minutos iniciais davam tanto Benfica, como Chelsea mas também lesões. Geovanni necessitou da ajuda do experiente Rodolfo Moura, que colocou no lugar o deslocado ombro do médio benfiquista.

Deslocada estava também a apontaria de Ricardo Rocha. Petit remata forte de livre à baliza dos inglêses, quando estavam decorridos 13 minutos, na recarga Ricardo Rocha cabceia para golo, mas a bola não entrava na baliza dos britânicos, muito por culpa do checo Cech.

Os da casa dominavam a posse da bola e só aos 20 minutos o Chelsea conseguia rematar à baliza defendida por Quim. O jogo perdia qualidade aos poucos e se do lado benfiquista as iniciativas eram muitas, para chegar ao golo, já do lado dos visitantes eram muitas as faltas cometidas. Apresentaram um futebol duro... os inglÊses.

Aos 32 minutos, o russo Karyaka tem de novo possibilidade de colocar o Benfica em vantagem, já que Nuno Gomes se isolava, mas a vontade de marcar falou mais alto, o que fez com que a bola não chegasse a Nuno Gomes.Cinco minutos volvidos e o Benfica apresentava a melhor jogada deste primeiro tempo. Karyaka e Simão Sabrosa foram os intervenientes principais, com o «capitão» benfiquista a rematar por cima da baliza defendida por Cech.

Contra a corrente do jogo, o Chelsea acabaria por inaugurar o marcador, quando estavam decorridos 42 minutos de jogo. Ricardo Rocha colocaria de cabeça a bola na sua própria baliza. Estava feito o 0 - 1. Até ao intervalo o Benfica tentou ainda responder por Simão, e viu Quim, fazer a defesa da noite negando assim o 0-2.

2.ª Parte: Sangue novo incapaz de dar a volta ao resultado...

Para o segundo tempo, o holandês Ronald Koeman deu oportunidade aos mais novos e quis ver outros jogadores a alinharem dentro das quatro linhas. Moreira entrou para a baliza; Carlitos e Alex para a ála-direita; Nuno Assis e Mantorras para a linha mais avançada do Benfica. Sairam Quim, Geovanni, Karyaka, João Pereira e Nuno Gomes.

E entrou Bem o Benfica, neste segundo tempo por intermédio de Mantorras que fez acordar o público que parecia adormecido nas bancadas. Aos 5 minutos Petit remata forte fora da área e obriga Cech a socar a bola para o coração da área onde Carlitos - de pontaria desafinada - remata para cima.

Aos 13 minutos o angolano volta a colocar as bancadas em euforia, ao desmarcar-se pela esquerda e a tirar três adeversários da sua frente, mas uma jogada que acabaria com um remate desastroso por cima da baliza dos «Blues». Entretanto, o Chelsea fezia valer-se de toda a sua qualidade e força de forma a adormecer novamente a partida.

Koeman respondia com mais sangue novo no «onze». Entravam Alcides, Tiago Gomes e Hélio Roque para os lugares de Ricardo Rocha, Dos Santos e Simão Sabrosa.

Acabado de entrar, Tiago Gomes remata sem medo para a baliza onde uma vez mais o gigante Cech acabaria por negar o golo. Na resposta os inglêses tentavama sua sorte por intermédio de Lampard, de livre, mas a barra da baliza benfiquista e Moreira negaram o segundo golo aos homens de Mourinho.

Beto era nesta altura o elemento que segurava o meio-campo conjuntamente com Petit, mas era também ele que tentava levar a equipa à igualdade. O reforço desta época 2005/2006 foi o melhor elemento em campo e também tentou por diversas vezes o golo, uma das quais por intermédio de um livre apontado aos 26 minutos.

Até ao final houve ainda tempo para ver uma grande defesa de Moreira, quando todos esperavam que a bola fosse parar apenas no fundo das redes. Defendeu o impossível. Esteve bem o camisola 1 da equipa de Koeman, que apesar de não ter vencido este encontro, realizou uma boa exibição, frente a um campeão inglês que se apresentou no primeiro tempo, de forma muito fechada.

Ambas as equipas estavam de parabéns no final da partida, como fez questão de referir o técnico do Chelsea, José Mourinho.

Reportagem na Luz de: Rafael Santos
Fotos de: Hugo Manita e Isabel Cutileiro