Volei: Benfica novamente na final da Taça de Portugal

Tal como há 1 ano o Benfica jogou em casa as meias-finais da Taça a um Domingo, mais uma vez com pouco público na bancada e mais uma vez com uma vitória na “negra” e bem sofrida. Há um ano ficava o Vitória de Guimarães pelo Benfica, e vinha uma final em Santo Tirso com o Esmoriz, agora ficou o Fonte Bastardo pelo caminho, e vem o Sp. Espinho na final de dia 28, feriado de Carnaval, em Almada.

Antes demais, há que reconhecer uma coisa: a valia da equipa do Fonte Bastardo. Não tem estrelas conceituadas da modalidades (o treinador Luís Resende e o oposto Adriano Paço serão as excepções), não é um conjunto regular (a carreira no campeonato fala por si), mas é uma equipa aguerrida, lutadora, concentrada e que tudo fez para chegar à final.

O Benfica apresentou a formação habitual, mas com André Cabacinha como distribuidor. O canadiano Doug Bruce não saiu do banco, onde ia sendo assistido pontualmente ao seu problema nas costelas, que remonta ao último jogo com o Vitória de Guimarães. A entrada do Benfica no jogo não foi boa, mas o desenrolar do 1ºset roçou o desastre, tal a quantidade de disparates sucessivos cometidos pelos jogadores encarnados. O Fonte Bastardo fugiu no marcador e o Benfica jamais esteve perto dos açoreanos, que venceram com toda a justiça por 20-25.

O segundo set trouxe um Benfica melhor, sobretudo Dudu, que, imparável no serviço (com a colaboração de Roberto no bloco), partiu para uma série incrível, que deixou o resultado de um 13-11 para 21-11. Os pontos seguintes trouxeram alguma intranquilidade do Benfica, mas que ainda assim fechou o set aos 25-19.

O terceiro set foi equilibrado, mas o Benfica caiu um bocado na apatia. No bloco, o Fonte Bastardo era sucessivamente mais forte, tirando assim ao Benfica as hipóteses de recuperar a desvantagem. O quarto set trouxe um Benfica a reagir, ferido no orgulho, com alguns jogadores a fazerem pontos de raiva e criando sucessivas dificuldades ao adversário.

A “negra” valeu pelo começo. O Benfica entrou forte e concentrado e chegou aos 6-2. A partir daí foi fazendo controlando a vantagem, fechando o jogo de maneira bonita. André Lopes, que ainda não tinha jogado, foi servir na vez de Cabacinha e fechou o jogo com um magnífico Ás, dando provas da habitual frieza que o caracteriza.

O Benfica não esteve nada inspirado, mas o crer dos seus jogadores foi fundamental. A equipa falhou no bloco, mas Teixeira defendeu bolas impossíveis, tal como Lukianetz e Cabacinha, e Dudu foi o “pistoleiro” de serviço.

A final, contra o Sporting de Espinho, é dia 28, 3ªfeira e feriado de Carnaval, pelas 18h no Complexo de Desportos de Almada. Almada é já ali e cabe aos nossos adeptos fazer com que o Benfica jogue “em casa” e depois da vergonhosa assistência de hoje, compareçam em peso, para ajudar o Benfica a revalidar este título.

SL Benfica 3 – 2 Fonte Bastardo (20-25, 25-19, 23-25, 25-18 e 15-10)

Benfica: André Cabacinha (2), André Lukianetz (14), Carlos Schwanke (5), Dudu (21), Manuel Silva (14) e Roberto Purificação (17); Carlos Teixeira (líbero). Utilizados: Pedro Fiúza (cap), Éden Sequeira, Marco Ferreira e André Lopes (1). Não utilizado: Doug Bruce.
Treinador: José Jardim