Contratações

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O Jogo
"Paola, o Tomasson já é jogador do Estugarda" - deverá ter dito, num italiano sem erros (ao contrário dos seus "sotaques" espanhol e alemão), Giovanni Trapattoni à sua mulher, numa conversa que conseguiu fazer mossa em Lisboa. O treinador italiano que devolveu o título ao Benfica e recuperou a glória pessoal - o fracasso ao serviço da selecção italiana "ofuscou-lhe" a imagem no seu país - contratou o ponta-de-lança do AC Milan, numa jogada que fez os críticos de Luís Filipe Vieira e José Veiga rirem de escárnio, mesmo que, para algum deles, o negócio tenha significado a perda do maior encaixe financeiro possível depois da era PCF (pós-Carlos Freitas). Os 40 mil adeptos que anteontem se deslocaram ao Estádio da Luz já sabiam que não podiam ver Tomasson em acção, ou mesmo Léo (assinou e regressou ao Brasil para tratar de assuntos pessoais), mas estavam conscientes de que teriam a oportunidade de ver em campo o campeão nacional. Com ou sem provocações, ataques de urticária ou clubite aguda, a verdade é que a taça correspondente ao título foi anteontem entregue no Estádio da Luz, causando uma euforia tão grande ou maior do que se de uma contratação se tratasse. Luís Filipe Vieira e José Veiga - com o contributo do agora "Judas" Giovanni Trapattoni - deram a Ronald Koeman o maior dos reforços, ao devolverem o clube à galeria dos notáveis - a qual, aliás, lidera -, desbravando um caminho que, mesmo continuando a ser difícil, está mais facilitado. Faltam, é certo, dois homens de ataque - como ficou provado na partida com o Chelsea -, mas serão pouco os que, nesta altura, conseguirão encontrar argumentos para contrariar a validade das aquisições de Beto, Anderson e Karyaka - Léo ainda não está neste lote, dado que ainda não jogou com a camisola encarnada. Uma tese difícil de refutar até pelos mais fundamentalistas, os mesmos, aliás, que conseguem provar que um contrato não existe, depois que não foi reconhecido e que, mais tarde, está extinto devido a um período (de 30 dias) experimental. Ao fim de cinco anos, Miguel percebeu que estava à experiência e não gostava do que lhe davam... Elogios: Sem pontas José Mourinho elogiou o Benfica e houve logo quem surgisse em público a reconhecer grande margem de progressão à equipa de Ronald Koeman. Não há nada como ser elogiado pelo treinador mais mediático do momento para se passar a ter categoria, mesmo que antes já se tenha chegado ao título nacional. Ámen... Achei pertinente...Um comentário interessante