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Record
Koeman foi ilibado da derrota do Benfica, em Manchester. Antigos jogadores do clube da Luz, Humberto Coelho, Toni, João Alves e Rui Bento enumeram outros factores para o desaire encarnado. Ao contrário do que aconteceu no derby de Alvalade, o holandês é desresponsabilizado.
Faltavam 11 minutos para o final, quando o sucessor de Trap, com o resultado em 1-1, decidiu lançar João Pereira e tirar Miccoli. O Benfica viria a sofrer o golo da derrota aos 84.
“Um treinador ou reage ou age. Koeman fez a leitura que achou melhor para o momento. Primeiro agiu em relação a determinada situação, depois teve de reagir”, comenta Toni.
Perda de bola fatal
Na mesma linha, João Alves recusa culpar o sucessor de Giovanni Trapattoni. “Koeman fez o que tinha a fazer. Em Penafiel fez a mesma coisa e resultou em cheio: reforçou o meio-campo para jogar em contra-ataque.”
Antigo médio, Alves destaca que “faltou um pouco mais de maturidade”, nomeadamente na perda de bola de que viria a resultar o canto fatal. “No meio-campo do Manchester, o Manuel Fernandes perdeu a bola de forma infantil.”
Os quatro treinadores são unânimes em elogiar a exibição do Benfica, afirmando que perdeu oportunidade de sair de Old Trafford com resultado histórico. Mas o antigo capitão, Humberto Coelho, reconhece que a equipa da Luz “retraiu-se e atemorizou-se um pouco”, numa altura em que “estava a dar Benfica”.
Já Rui Bento, titular na última vitória das águias em Inglaterra, afirma que, “a determinada altura, podiam ter sido um pouco mais audazes.”
Estatística equilibrada
Os encarnados caíram apenas nos últimos minutos do desafio, mas as estatísticas mostram que se tratou de um duelo equilibrado entre dois velhos conhecidos.
Igualados em remates (13) e foras-de-jogo (1), os homens da casa levaram ligeira vantagem nos cantos (7 contra 5) e na posse de bola (52-48 por cento). Estatística à parte, no resultado, Manchester e Benfica estiveram em vias de somar um ponto cada. Van Nistelrooy não permitiu.
Permeável dentro da área
Não foi por falta de aviso que o Benfica perdeu: os jogadores sabiam que Van Nistelrroy é letal naquela zona. Mas a desconcentração foi fatal.
A verdade é que os encarnados têm-se mostrado permeáveis dentro da grande ou da pequena áreas. Dos sete golos que já sofreram, seis resultaram de remates nas referidas zonas.
E quatro foram de cabeça, incluindo o autogolo de Anderson com o Gil Vicente. Sintomático.