Fonte
A Bola
"Luisão promete", podia ler-se na primeira página de A BOLA do dia seguinte ao jogo com o Belenenses. Uma estreia auspiciosa. A crítica elogiou-lhe a "excelente colocação" e o "primor nos cortes". Foi-lhe atribuída a nota 7, que premeia as boas exibições. Ao minuto 86, assinou mesmo um golo, na altura o 3-1, longe de se adivinhar nas bancadas que os do Restelo haveriam de empatar o jogo nos descontos. Certo é que a promessa se tornou em certeza, num percurso que nem sempre foi de sucesso. De resto, depois deste jogo Luisão realizou algumas prestações menos conseguidas e teve também de lidar com as críticas. Tudo fruto do processo de adaptação e, com o passar dos jogos, ganhou não só confiança como calou todos os que chegaram a duvidar do seu valor. Na primeira época disputou apenas 15 jogos, teve algumas lesões, mas acabou em alta. De resto, a última temporada foi de oiro para o central brasileiro, peça fundamental na conquista do título. Não se estranha por isso que tenha despertado o interesse de grandes clubes europeus e passasse a ter lugar assíduo nas convocatórias para a selecção do Brasil. Esta época não deverá fugir à regra. Koeman já mostrou que numa equipa com muita qualidade no eixo da defesa não prescinde de Luisão. Outros podem alternar, Luisão mantém-se no seu posto. Também no balneário o central tem ganho espaço e assume-se hoje como um jogador influente. Forte personalidade que transporta para dentro de campo. Cumprirá o 50.º jogo na Liga. Até quando conseguirá o Benfica segurá-lo?