No desperdiçar não esteve o ganho

Fonte
SLBenfica
O Benfica estreou-se com um empate de sabor agridoce no campeonato nacional da I Divisão. A turma orientada por Paulo Garrido não foi além da igualdade a um golo diante do Óquei Barcelos numa partida de grande intensidade física e emocional, realizada no Pavilhão Açoreana Seguros. O Benfica não aproveitou, assim, da melhor forma a surpreendente derrota que o FC Porto cedeu em sua casa diante do Alenquer. Falsa partida Actuando de início com Carlos Silva, Valter Neves, Carlitos, Ricardo Barreiros e Tomba, o Benfica até chegou ao golo logo nos primeiros segundos, mas aquele que seria o primeiro tento de Carlitos de águia ao peito, em jogos oficiais, foi de pronto anulado pela dupla de arbitragem. Refazendo-se rapidamente do susto, o Barcelos (com um cinco inicial constituído por João Pereira, Bruno Mendes, Martin Payero, Tó Silva e Joel Coelho) até se mostrou bastante forte, especialmente nos minutos iniciais, onde obrigou Carlos Silva a aplicar-se em diversas ocasiões, quase todas elas nascidas em lances de contra-ataque. O Benfica – no qual foram notórias as dificuldades defensivas provocadas pelas ausências de Mariano Velasquez e Pedro Afonso – começou a reagir ao ímpeto do adversário por volta dos 10 minutos de jogo, altura em que Ricardo Barreiros enviou uma bola à barra, num remate cruzado da esquerda, bem ao seu estilo. Aos 12’, o mesmo jogador repetiu a dose... com a mesma sorte. Os golos No entanto, os minhotos conseguiram chegar ao golo (numa altura em que já quase só defendiam) por intermédio de Tó Silva, aos 17’, numa pura jogada de contra-ataque. Não podia ter respondido melhor o Benfica, encostando o adversário “às cordas” e fazendo de João Pereira (guarda-redes do Óquei) a figura de destaque na partida. Assim, se aos 23’ Ricardo Barreiros desperdiçou uma grande penalidade, já a poucos segundos do final da primeira parte ofereceu o golo do empate a Rui Ribeiro. Pensou-se que a segunda parte seria totalmente dominada pelo Benfica, mas o Óquei não se contentou com a vertente defensiva, tendo saído para o contra-ataque em diversas ocasiões. Já o Benfica, mais atacante que os minhotos, deixou sempre no ar a sensação de estar um pouco mais vulnerável defensivamente do que é normal. Afinal de contas, Mariano e Pedro Afonso fazem muita falta. Talvez por isso o Benfica tenha tido sempre um “patim atrás” na sua própria vocação ofensiva, tentando marcar, sim, mas resguardando-se de algum imprevisto. O tudo por tudo No entanto, os últimos cinco minutos da partida poderiam e deveriam ter ditado o triunfo “encarnado”, mas Rui Ribeiro (um remate à barra, um outro que Pereira deteve com uma enorme defesa e ainda um desvio a rasar o poste quando estava isolado à boca da baliza) e Valter Neves (estoiro à trave) não conseguiram transformar em vitória o sufoco ofensivo benfiquista. A turma da Luz desloca-se, na 2ª jornada, ao ringue do Candelária.