«Caso Fehér» : F.C. Porto e Benfica não comparecem à audiência preliminar

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MaisFutebol
A audiência preliminar do caso Fehér foi adiada depois dos advogados de F.C. Porto e Benfica não terem comparecido esta tarde na 8ª Vara Cível da Comarca do Porto, para onde estava agendado um primeiro encontro para tentar chegar a um entendimento. O juiz Alberto Paiva da Cunha ficará agora encarregue de designar uma nova audiência em data a revelar oportunamente, segundo diz o despacho elaborado pelo magistrado. Nesse mesmo despacho, o juiz divulga que o Benfica, na qualidade de queixoso, e para permitir a apreciação do fundamento apresentado para anulação da decisão arbitral, tem de acrescentar ao processo, nos próximos cinco dias, os autos da certidão das alegações que apresentou junto da Comissão Arbitral da Liga, bem como os autos da certidão da decisão arbitral, uma vez que até agora apenas apresentou fotocópias dos mesmos. Tribunal Cível decide diferendo por causa dos direitos de formação O processo que corre nos tribunais diz respeito a uma queixa apresentada pelo F.C. Porto na Comissão Arbitral da Liga, logo que o húngaro se transferiu para o Benfica. Na altura, e dado Fehér ter deixado o clube a custo zero, os azuis e brancos reclamaram uma indemnização aos encarnados pelos direitos de formação, porque se tratava de uma transferência interna de um jogador com menos de 24 anos. O caso foi então julgado pela Comissão Arbitral, que deu razão ao F.C. Porto instando o Benfica a pagar 600 mil euros, dez por cento dos seis milhões de euros que os azuis e brancos reclamavam. O Benfica não ficou satisfeito com a sentença e recorreu para os Tribunais Cíveis, ao mesmo tempo que apresentava uma acção no Tribunal Europeu e outra no Tribunal Constitucional por considerar inconstitucional a cláusula indemnizatória por formação de jogadores. Enquanto a resposta a essas acções não chega, continua a correr o processo no Tribunal Cível do Porto. O qual deveria ter albergado hoje mais um episódio com a primeira audiência preliminar para tentar a conciliação, não fosse terem faltado os advogados João Correia pelo Benfica, e Paulo Samagaio pelo F.C. Porto.