António Carraça « Em 2007/08 teremos de ser a referência »

Fonte
A Bola
António Carraça (com Luís Filipe Vieira e Manuel Ribeiro) quer acolher os melhores jogadores jovens portugueses.A "área nobre" do clube, tal como Luís Filipe Vieira vem definindo o departamento de formação, tem um projecto renovado e foi isso que o homem que o lidera levou ontem à sala de imprensa do Estádio da Luz. Acompanhado de Luís Filipe Vieira e Manuel Ribeiro -somando-se as presenças de vários treinadores dos escalões jovens, incluindo o técnico da equipa B, João Santos, e Nené -, António Carraça apresentou aos jornalistas os objectivos traçados para os próximos anos. Fortificação de uma rede de prospecção nacional e internacional, uniformização dos modelos de jogo e de treino, atribuição de um perfil para o jogador do Benfica e alargar o número de escolinhas são apenas alguns dos pressupostos que visam uma ambição clara: "Queremos ter os melhores jogadores nacionais nos nossos quadros e internacionais também. Na época 2007/08, já com a utilização do centro de estágio, teremos de ser a referência em Portugal na formação ", afirmou ontem António Carraça, admitindo abandonar o cargo se a meta não for cumprida: "Se isso vier a acontecer o presidente do conselho de administração da SAD terá de mudar as pessoas que compõem esta estrutura!" Mais de 300 observadores Mas Carraça acredita que existem condições para fazer do Benfica a referência nacional da formação, recorrendo aos números do trabalho efectuado desde que iniciou funções no clube, há ano e meio. "140 pessoas já trabalham diariamente no clube, directa ou indirectamente. Passámos de 10 prospectores para 26 e temos uma rede de 297 observadores espalhados pelo País e por vários continentes no Mundo. Isso permitiu-nos observar durante este tempo 2134 jogos, um aumento de 700 por cento relativamente a números recentes", foram alguns dos dados estatísticos apresentados por Carraça. O 4x3x3 será o modelo táctico adoptado no futuro e o dirigente acredita que "daqui a cinco anos" o treinador da equipa principal terá condições ideais para articular a 100 por cento o seu trabalho com aquilo que se faz nos escalões jovens.