Alta pressão no El Madrigal

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Hoje, no El Madrigal, o Benfica tem pela frente um importantíssimo teste à sua capacidade competitiva. Pontuar frente ao Villarreal é quase obrigatório para que a equipa de Ronald Koeman continue a sonhar, legitimamente, com a continuidade na Liga dos Campeões. Mas a pressão é fortíssima para os dois lados, em especial para o do «Submarino Amarelo», assim é conhecido o adversário dos encarnados. Pontuar. É esta a palavra-chave no encontro de hoje à noite. Quase se pode dizer que o Estádio El Madrigal vai ser uma autêntica panela de pressão. Koeman atira para a equipa do Villarreal a carga maior de responsabilidade neste encontro, reconhece que os espanhóis têm de jogar tudo por tudo para procurarem a vitória, enquanto defende que sem abdicar de jogar para ganhar, ao Benfica até nem ficaria mal conquistar um ponto que fosse. O Estádio El Madrigal, em Villarreal, será o palco de mais um importante desafio para a Liga dos Campeões. O Benfica quer pontuar e o dono da casa precisa de vencerO técnico chileno, Manuel Luis Pellegrini, aceita facilmente a ideia da obrigatoriedade de ter de vencer o conjunto de Koeman, talvez por isso tenha jogado à defesa no último encontro da Liga espanhola, onde a sua equipa, em casa do Alavés, empatou a um golo, mas deixando de fora peças importantes na manobra da equipa, casos do argentino Riquelme, a estrela da companhia, e o uruguaio Forlán, o homem de maior peso no ataque. O Benfica, depois de um jogo em Manchester em que podia ter feito muito melhor, já que a sensação que ficou foi a de um Manchester bem ao alcance das águias, solidificou o seu crescendo de forma, a sua organização e o jogo do Dragão mostrou isso mesmo. A equipa de Ronald Koeman perdeu Miccoli, é certo, unidade de extrema importância na manobra do conjunto, mas nem esse golpe, que sucedeu bem cedo, retirou confiança à equipa. Hoje o atacante italiano está de fora (nem fez parte da comitiva), mas Geovanni pode ser a alternativa caso o Benfica queira jogar o jogo pelo jogo e procurar a vitória ou, no mínimo, pontuar à custa do empate. Outra incógnita reside a meio-campo: Karagounis ou Karyaka, um deles vai ser o elo de ligação a Nuno Gomes. É sabido que o Villarreal não começou bemo seu campeonato, que na Liga dos Campeões apenas conseguiu dois empates (em casa, com o Manchester, e fora com o Lille) e, caso não vença o Benfica, então, pode quase por certo, deixar de fazer contas à vida na Liga dos Campeões. Só este facto transporta para o jogo de hoje uma carga emocional, uma pressão e uma responsabilidade tremendas, sobretudo no lado espanhol. E, a jogar em casa, a equipa de Pellegrini é um caso sério, basta ver que na época anterior fez tantos pontos no El Madrigal como o Real Madrid no seu estádio. O Benfica é uma equipa avisada. Se em Manchester quase surpreendia os ingleses, pode muito bem consegui-lo aqui. Mas tem de defender bem, jogar com concentração elevada e procurar imitar o adversário na procura dos preciosos pontos.