Um Petit problema

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06/11/2005 21:40 Benfica 2-2 Rio Ave Um Petit problema Não fossem dois golos de Petit na marcação de livres directos e o Benfica tinha consentido que o Rio Ave fizesse história na Luz (onde nunca ganhou). Os vilacondenses estiveram por duas vezes em vantagem no marcador, mas a equipa orientada por Koeman acabou por agarrar o empate numa aziaga 10ª jornada da Liga Koeman mexe Numa partida de más memórias para o Benfica (o Rio Ave empatou a três golos na Luz na temporada passada e venceu em Vila do Conde por 1-0), Koeman confiou na sua equipa e fez descansar alguns dos jogadores mais rodados, como Anderson e Manuel Fernandes. Assim, Ricardo Rocha alinhou no centro da defesa, enquanto que Beto entrou para o miolo. Por outro lado, Geovanni foi deslocado para a esquerda, enquanto que João Pereira foi utilizado no lado oposto, sendo essa a solução encontrada pelo treinador holandês com vista a colmatar a ausência do lesionado Simão Sabrosa. Perante um Rio Ave que entrou em campo com um sistema táctico assente num 4-2-3-1, sendo Gaúcho o jogador mais avançado mas raramente solicitado, o Benfica cedo demonstrou ser dono e senhor da partida, apesar de ter cometido, ao longo de toda a primeira parte os mesmos erros: pouca velocidade e uma circulação de bola que “emperrava” consecutivamente no último terço do terreno. Assim, apenas em lances de bola parada o Benfica conseguiu criar lances de perigos nos primeiros 45 minutos. Se ao cabeceamento perigoso de Geovanni nos instantes iniciais, a defesa vilacondense colocou cobro, já o remate de Nélson (um dos poucos de bola corrida), aos 19’, passou bem perto do poste esquerdo de Mora. No entanto, e sem merecer, o Rio Ave marcou e gelou a Luz (30 mil pessoas), corria o minuto 25. Zé Gomes insistiu pela direita e centrou ao segundo poste, onde Cleiton encheu o pé para um grande golo. O Benfica repôs, no entanto, justiça no marcador quando aos 32’ Karagounis ganhou uma falta à entrada da área e Petit converteu o livre directo com um míssil que, após um desvio num defesa do Rio Ave, só parou nas redes à guarda de Mora. Do mal o menos Esperava-se um Benfica mais agressivo na segunda parte mas, apesar de a equipa ter tentado subir de produção desde o minuto 45, o Rio Ave voltou a ser mais feliz, desta feita num remate desferido por Chidi no coração da área, após um passe realizado por Gaúcho que, note-se, estava em fora-de-jogo. Este foi, aliás, o lance em que ficou ainda mais vincada a má arbitragem de Paulo Pereira, sempre complicativo ao longo de toda a partida. Koeman reagiu e colocou em campo Karyaka (que até já estava preparado para entrar aquando do golo dos vilacondenses) e, mais tarde, Mantorras, sacrificando João Pereira e um Karagounis que, apesar de demonstrar categoria, ainda não conseguiu integrar-se no sistema da equipa. Logo aos 65’ o angolano quis deixar vincada a sua marcar, mas ao canto bem apontado por Petit respondeu Mantorras com um desvio, na pequena-área, para defesa de Mora. Koeman mudou novamente e lançou Nuno Assis, fazendo sair Geovanni. No entanto, o Benfica nunca controlou verdadeiramente a partida e acabou mesmo a jogar com o coração. Ainda assim, a turma da Luz ainda foi a tempo de beneficiar da noite mágica de Petit que, aos 85’, marcou novamente num livre directo à... Simão. A esperança benfiquista diluiu-se, no entanto, quando aos 87’ Nuno Assis estoirou de primeira para as malhas superiores da baliza vilacondense. O Benfica está, assim, há três partidas sem conhecer o gosto da vitória, pelo que a paragem do campeonato vem na melhor altura. É que jogadores como Quim, Miccoli ou Simão fazem, realmente, falta a esta equipa. Ricardo Soares