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SLBenfica
O Hotel Altis, em Lisboa, será palco do 2º Seminário Nacional realizado pelo departamento de formação do Benfica. Sob o tema “Da Formação à Alta Competição”, este evento – que se realizará ao longo de todo o feriado de 1 de Dezembro – tem como principais objectivos propiciar conhecimentos técnicos e científicos aos profissionais, com a finalidade de optimizar o seu desempenho nas actividades desportivas.
Assim, quer sejam treinadores, professores de educação física, enfermeiros, massagistas, atletas, administradores, directores, seccionistas, entre outros tantos cargos, cada um dos intervenientes no espectáculo desportivo terão o máximo agrado em ouvir oradores como André Seabra, Bruins Slot, Jesualdo Ferreira, Jorge Castelo, José Couceiro, Luís Castro ou Norton de Matos, sobre as mais diversas experiências vividas no mundo do futebol.
Organizado pela Área de Formação do Benfica, este evento está incluído numa política de formação de agentes desportivos que o Glorioso tenta implementar em Portugal. Em entrevista exclusiva ao slbenfica.pt, António Carraça que, com Manuel Ribeiro, compôs a comissão organizadora deste seminário, deixa bem claro que este inovador caminho é para ser mantido e, acrescente-se, reforçado.
”QUEREMOS TER AQUI OS MELHORES”
P – Como surge este 2ª Seminário Nacional organizado pelo Benfica?
R – Este 2º Seminário vem na sequência do projecto de formação teórica que iniciámos no ano passado, com os seminários técnico e de traumatologia desportiva, bem como com algumas acções internas. Este ano queremos dar o melhor seguimento a tal caminho e temos escalonadas cerca de 20 acções de formação teórica entre o início e o final da época. Fazem parte destas acções alguns seminários públicos que se inserem na lógica de formação interna e externa que o departamento de formação do Benfica quer desenvolver ao longo dos anos.
P – A reputação dos oradores presentes revela que a organização apostou forte na credibilização deste Seminário?
R – Já o ano passado tentámos dotar de credibilidade estas acções. Como estes são seminários organizados pelo Benfica, e sendo este clube consagrado a nível internacional, queremos ter aqui os melhores, como é óbvio. E os melhores são aqueles que têm desenvolvido ao longo dos anos, pela sua competência profissional, um trabalho consagrado e admirado por todos os agentes desportivos. Tratam-se de figuras de primeiro plano do futebol nacional, que dispensam apresentações, até pelos conhecimentos que possuem nestas áreas transversais do futebol. Só faz sentido organizarmos estas acções quando contamos com pessoas deste nível.
“VIVEMOS EM PORTUGAL DÉFICE DE FORMAÇÃO”
P – O que pode levar um agente desportivo a investir tempo e dinheiro neste Seminário?
R – Sabe, vivemos em Portugal um grande défice de formação. O Benfica possibilita, aqui, a todos os agentes desportivos, quer sejam profissionais ou semi-profissionais, a recolha de informação necessária para desenvolverem ainda melhor a sua actividade. Trata-se de uma sinergia muito importante, porque estarão em contacto com pessoas que viveram e vivem experiências únicas no desporto e que lhes podem transmitir todo o seu saber e as ferramentas que podem fazer a diferença no projecto de vida destas pessoas.
P – Além do facto de não ser muito habitual a realização deste tipo de eventos no nosso país...
R – Nem mais. São quase inexistentes estas acções em Portugal, pelo que o Benfica assume a liderança do projecto, mostrando ser uma instituição que se preocupa com a formação dos agentes desportivos e que contribui para essa mesma formação. Não tenho dúvidas que o tempo e os meios empregues neste processo, terão um retorno muito elevado. As pessoas sairão muito satisfeitas do seminário.
P – A área de formação do Benfica, por si liderada, tem apostado muito neste tipo de eventos, com vista ao desenvolvimento teórico de agentes desportivos, como que sublinhando a natureza social de uma instituição como o Benfica. Que balanço é que faz deste projecto paralelo e, talvez, único em Portugal?
R – O balanço é extremamente positivo. Por um lado realizámos duas acções para o público em geral no ano passado, sendo que este ano tal número será elevado para cinco. Por outro lado, existem as acções internas: para os nossos médicos, paramédicos, técnicos, prospectores, observadores e até para os pais dos nossos jogadores. Ora, se no ano passado realizámos oito acções deste cariz, já esta época elevamos para 15. Esta é uma lógica estruturada, na qual pretendemos requalificar os nossos quadros e igualmente, em termos externos, todos os agentes desportivos.
P – Além de respeito, o que pode lucrar o Benfica com isso?
R – Além de existir uma espécie de requalificação dos agentes desportivos dos nossos quadros, permite-nos reconhecer com maior facilidade as pessoas que possamos notar terem o perfil para virem a trabalhar no Benfica. Existe depois alguma mais-valia no plano financeiro, que nos reforça um orçamento um tanto limitado e que nos permitirá vir a ter melhores condições.
“VAGAS JÁ SÃO MUITO POUCAS”
P – O que pode esperar deste Seminário alguém que já adquiriu direito a estar presente?
R – Tendo em consideração que o tema é muito abrangente e que temos diferentes oradores, com experiências diferentes, logo abordando assuntos diversos, não temos dúvida que este vai ser um seminário recheado de motivos de interesse. Existirão muitos sub-temas e matérias que serão, sem sombra de dúvida, do agrado de todos os presentes.
P – Para concluir, como tem sido o interesse das pessoas relativamente a este evento?
R – Só lhe posso dizer que as vagas já são muito poucas, quando faltam poucos dias para o seminário. É bom sinal, sem dúvida.