Um Geovanni de sonho

Fonte
SLBenfica
Geovanni - Foi poupado no jogo com o Marítimo de forma a preparar com maior atenção a partida com o United. Nos corredores da Luz existia a esperança que o brasileiro pudesse jogar de raiva e arrancar uma grande exibição. E foi ele o joker da equipa benfiquista, sendo lançado na sua posição original, ou seja, na frente de ataque, como jogava no Brasil. Geovanni fez um jogo de sonho, correndo quilómetros, recuperando bolas aos centrais adversários e jogando de primeira sempre que necessário. O seu golo deu alma ao Benfica. E que golo… Recebeu um centro tenso de Nelson e voou, literalmente, para um cabeceamento espectacular. Depois, na segunda parte, ainda obrigou Van der Sar a uma tremenda defesa. Sem dúvida uma exibição de raiva e para dedicar à memória do seu pai. Parabéns Geovanni. Nélson - Este homem tem cinco pulmões, no mínimo. Ele foi lateral, médio, extremo… foi brilhante. O seu centro para o golo de Geovanni terá feito recordar aos adeptos do United um tal de David Beckham. Depois, ao longo de todo o encontro, ganhou bolas atrás de bolas aos adversários e quando meteu a quinta velocidade O’Shea até tremeu. Pena ter demorado, por vezes, a soltar a bola, mas a sua exibição é espantosa. Petit - O guerreiro a tempo inteiro foi um ‘Red Devil’ no miolo, entre os monstros ingleses. Ele arreganhava os dentes e tanto Smith como Scholes até se arrepiavam. Vimo-lo fazer sprints em tempos de descontos, vimo-lo descongestionar jogo como se de um Platini se tratasse e vimo-lo mostrar, em campo, que tem de ser o médio-defensivo titular no próximo Mundial. Anderson - A sua exibição primou pela perfeição porque anulou um senhor chamado Van Nistelrooy. Lembram-se do holandês em campo? Claro que não. Anderson cortou bolas incríveis, tanto no ar como no chão, e foi um guerreiro na área benfiquista. Um central que parece misturar, naquela camisola 3, o talento de Ricardo Gomes e a agressividade de Mozer. Luisão - O grande líder da defesa até meteu medo ao susto aos avançados do United. Não existiu bola que tivesse o caminho da baliza do Benfica que ele não teimasse em cortar. Excelente na antecipação e no corte, o central brasileiro deu cartas com classe e baralhou como quis os trunfos ingleses. Quem diria, há três anos, que Luisão era o central que é.... Beto - Aquele golo fica para a história. Um estoiro do meio da rua que, apesar do desvio num defesa inglês, não deixou de ter beleza. Um lutador a todo o terreno e possuidor de um enorme coração, simbolizando o espírito de toda a equipa nesta partida. Nomes como os de Quim, Alcides, Nuno Assis, Nuno Gomes, João Pereira, Mantorras e Ricardo Rocha são simbolizados, pelas suas exibições, nas palavras que dedicamos a Beto. Léo - O baixinho acabou por ser em muitos lances um gigante na área, cortando lances de cabeça frente aos altos e potentes jogadores ingleses. Mas mais do que isso, foi brilhante a defender, obrigando Cristiano Ronaldo a ser substituído por Alex Ferguson a meio da segunda parte. Léo aliou à sua atitude batalhadora uma sabedoria própria da sua experiência na forma como conseguiu sair a jogar. Um lateral às esquerdas, pois claro.