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Moretto, a passagem pelas Antas e a vontade de jogar no Benfica [ 2006/01/02 | 14:10 ] Magda Magalhães«Sempre quis o Benfica» foi a expressão mais usada por Moretto durante a apresentação como o camisola 31 dos encarnados. O guarda-redes revelou os contornos da sua transferência para a Luz, num trajecto que passou pelas Antas e por dificuldades em comunicar com o presidente do V. Setúbal, Chumbita Nunes: «Logo depois do jogo com o Benfica encontrei José Caldeira que me disse que o Chumbita tinha falado com as pessoas do Benfica. Na quinta, à tarde, disse-me para ir para o Porto, porque tinha uma equipa para mim. Perguntei qual era a equipa. Não me quis dizer e eu disse que como havia o interesse do Benfica queria vir para o Benfica. Ele disse-me que já não havia acordo, porque esta equipa já tinha chegado a um entendimento com o V. Setúbal, tendo inclusivamente falado com Chumbita. Por isso, fui para o Porto.» O guarda-redes conta que chegou à Invicta e que só às 23 horas soube para que clube iria: «Perguntei como é que era possível, uma vez que o Chumbita já tinha falado com o senhor Luís Filipe e com o senhor José Veiga. Como é que estava o F.C. Porto na parada? Disse-lhe: eu não quero ir para o F.C. Porto, quero jogar no Benfica. Ele disse-me então que estava tudo falado entre o presidente do F.C. Porto e o presidente do Vitória. Disse-lhe que queria ligar para o Chumbita e ele disse-me para não ligar, porque nos íamos reunir após o jogo com o V. Guimarães. Encontrei-me com eles eram quase duas horas da manhã e estivemos reunidos até às 3. Não me deixavam atender o telemóvel nem falar com ninguém, porque não queriam que o negócio se soubesse. Deixei claro desde o primeiro minuto que não queria ir para o F.C. Porto e que a minha vontade era jogar no Benfica.» Depois veio a assinatura de um contrato e «um adiantamento»: «[No dia seguinte] Às 11 horas fui para as Antas onde fiquei até às 17 para fazer o tal contrato. Disse-lhe [a José Caldeira] para ligar para o Chumbita para saber se havia a proposta do Benfica porque queria ir para o Benfica. Disse-lhe: não quero ficar aqui. Quando cheguei a Portugal eu disse à minha esposa que um dia ia jogar no Benfica. Mas ele disse que não havia hipótese porque já estava feito o acordo. Pessoas da SAD do F.C. Porto também me disseram que estava feito o negócio. Eu assinei o contrato e deram-me um cheque, que era uma parte da assinatura. Disseram-me que dia 2 eu iria para o Porto, mas nunca foram claros. Pensei que não estava feliz. Era bom financeiramente, mas não desportivamente.» Moretto apontou que só quando chegou ao Brasil conseguiu perceber o que se estava a passar e que aí assumiu um compromisso com o Benfica: «Quando cheguei a S. Paulo liguei para Chumbita Nunes para saber o que se estava a passar e ele disse-me que havia acordo com o Benfica, que me dava as mesmas condições que o F.C. Porto. Falei que não queria nem um cêntimo a mais e que se era isso então que o senhor Luís Filipe me ligasse. Conversámos. Acertámos e disse-lhe: presidente, dou a minha palavra de que a partir de agora sou jogador do Benfica, independentemente do que se passe no futuro.»