Koeman igual a Trapattoni

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ABOLA
Koeman igual a Trapattoni A escola, o estilo e o discurso são completamente diferentes e a mão-de-obra é agora mais e melhor, pelo menos no plano teórico. Mas o que terá mudado entre a promessa ofensiva de Koeman e o pragmatismo de Trapattoni? Na temporada passada, com o mesmo número de jogos na Liga (21), o Benfica seguia na liderança com menos dois pontos (38), curiosamente com os mesmos golos marcados (33) e mais dois sofridos (21). Na sua primeira grande entrevista, concedida ao jornal A BOLA aquando da chegada a Portugal para treinar o Benfica, Ronald Koeman prometeu «um Benfica de ataque», tendo afirmado: «Na época passada, em 34 jornadas da Liga, o Benfica marcou apenas cinquenta e poucos golos [51]. É pouco, muito pouco, para um campeão.» A promessa do treinador holandês está, para já, aquém das expectativas. Não importa aqui comparar o trabalho feito na Luz por dois treinadores de escolas e estilos tão diferentes, em contextos igualmente distintos e cada um com a sua mão-de-obra. É de golos na Liga que se trata. Vamos aos factos: neste momento, decorridas 21 jornadas, o Benfica ocupa o quarto lugar da classificação (embora em igualdade pontual com Sporting e Sp. Braga), com 40 pontos conquistados, 33 golos marcados e 19 sofridos. Na época passada, em igual fase da prova, a equipa de Trapattoni ocupava a liderança com 38 pontos, 33 golos marcados e 21 sofridos. Não deixa de ser curioso que o Benfica de Trap — acusado por muitos de ter um futebol pouco atractivo, mais assente na coesão defensiva que no dinamismo ofensivo, e elogiado por outros pelo seu realismo e pragmatismo — tenha os mesmos golos marcados que o Benfica de Koeman e mais dois sofridos. E teoricamente (vejam- se os avançados dos dois plantéis) o poder de fogo é agora superior. Um a última referência ao facto de Trap marcar mais em casa (21 contra 18, com os mesmos oito sofridos) e Koeman mais fora (15 contra 12); mas longe da Luz o italiano regista saldo negativo (12-13) e Koeman positivo (15-11).