As portas do Benfica nunca se fecharam

Fonte
abola
As portas do Benfica nunca se fecharam Maxi López assinou pelo Barcelona em 2004/05 mas, por problemas físicos ou por excesso de concorrência, nunca teve real oportunidade de se revelar como referência do ataque do Barcelona, tendo nestes dois anos feito apenas dez jogos na Liga espanhola, quase sempre na condição de suplente utilizado. Antes de abandonar o River Plate rumo ao clube catalão, teve escancaradas as portas do Benfica, que esteve muito perto de o contratar. Portas que, garante o avançado argentino, «nunca se fecharam» para ele. Sinal de arrependimento da opção que tomou em ingressar no Barcelona? Não. Mas indício de que, afinal, o seu futuro até pode passar por um projecto que, no passado, não se concretizou... — Esteve perto de assinar pelo Benfica. Agora, o clube volta a aparecer no seu caminho. Que emoções lhe suscita esse facto? — Agora vejo o Benfica como rival. E sinto-me contente por este reencontro. É um clube com grandes aspirações, que já chegou a uma fase muito boa da Liga dos Campeões e tem um plantel muito aceitável. Esta eliminatória traz-me algumas boas recordações, porque sempre foram muito simpáticos comigo no Benfica. Durante as negociações que tivemos a Direcção tratou-me muito bem, com grande profissionalismo. Vêm daí as boas recordações. — Ser jogador do Barcelona é sempre especial, mas a verdade é que tem tido poucas oportunidades de jogar. Sente-se de alguma forma arrependido por não ter ido para o Benfica? — Não creio que possa estar arrependido, porque tomei uma opção bastante importante na minha vida, ainda que não tenha obtido a continuidade que eu desejava. O plantel do Barcelona tem um grande nível e a concorrência para o meu lugar é muito forte e competitiva. Mas em quase dois anos tenho a possibilidade de ganhar duas Ligas [incluindo a presente edição], uma Supertaça de Espanha e uma Liga dos Campeões. São conquistas muito importantes. Mas, tal como disse antes, tenho boas recordações dos momentos que me ligaram ao Benfica e, quem sabe, no futuro, pode ser uma opção muito importante, que me agradaria. Se isso acontecesse, seria bom para o clube e para mim. — Não fecha, portanto, as portas ao Benfica? — Não. Aliás, acho que nunca ficaram fechadas. Neste momento da minha vida estou no Barça e luto por ele ao máximo mas, repito, fiquei com óptimas recordações do tratamento que recebi das pessoas do Benfica. Na altura, a contratação foi uma possibilidade. Hoje é um rival que me deixa muitas ilusões, porque me desejou num determinado momento da minha carreira. Não tive a oportunidade de conhecer em profundidade o que realmente é a instituição Benfica, mas a forma como me trataram agradou-me imenso. — Vai aproveitar para falar com alguém do Benfica no dia do jogo? — Já tive no passado a possibilidade de falar com a Direcção do clube. O bom trato que tiveram comigo faz com que, se tiver essa oportunidade, volte a fazê-lo. Eliminatória muito dura — Que armas pode usar o Benfica contra o Barcelona nestes quartos-de-final da Champions? — O Benfica fortaleceu-se como equipa. É muito colectiva e regular. As grandes equipas fazem sempre a diferença. Temos de estar muito atentos porque temos plena consciência de que deixou pelo caminho o campeão em título, Liverpool. Vai ser uma eliminatória muito dura. — As baixas na defesa do Barcelona podem ser determinantes? — O plantel do nosso clube é muito extenso e qualquer jogador que entre pode render. Esperamos fazer as coisas bem, com grande concentração, e sair com a vitória, como sempre tentamos.