Fonte
www.record.pt
RECORD – Após a observação na Grécia ainda considera o Benfica favorito?
SCHINKLES – Sim. É favorito mas tem de recordar-se que defronta uma equipa que venceu a Liga e a Taça de Áustria. Possuímos bom conjunto e temos de ser respeitados.
R – Que pontos fracos detectou?
S – Os dois centrais nunca se entenderam nem comunicaram. No primeiro golo o Rocha não recuperou. No meio-campo notei descoordenação entre o Katsouranis e o Petit. Jamais acertaram as posições. À frente gostei da movimentação, mormente na segunda parte. O Benfica foi infeliz pois o AEK marcou 3 golos em 4 ocasiões.
R – Quem mais o impressionou?
S – O Rui Costa! Além da qualidade táctica, correu muito e mostrou estar em boa forma. O Léo também é bom, tal como o Petit. Apreciei a movimentação do Paulo Jorge.
R – Pode tirar vantagens psicológicas das derrotas do Benfica?
S – Falei com Adriaanse e Koeman e sei que a mentalidade portuguesa dificulta a vida de um treinador. É impossível implantar um esquema novo e esperar resultados imediatos. Santos deve estar a ser pressionado e queremos aproveitar a pressão que atinge a equipa.
R – Se Santos mudar o sistema isso é uma ajuda para si?
S – Não creio. Preferia que jogassem como fizeram em Atenas pois sabia o que me esperava. Assim será uma surpresa.
R – O futebol directo do Austria pode surpreender?
S – Também sabemos jogar bom futebol sem colocar a bola para a frente de qualquer maneira e vamos prová-lo com o Benfica. Creio que podemos surpreender.
R – Como pensa defrontar o Benfica?
S – Nada tenho a esconder mas é cedo para falar nesse jogo. Adianto que não vou fazer marcação a nenhum jogador. Numa equipa com a qualidade técnica do Benfica isso é sempre perigoso.
R – Que resultado espera levar para Lisboa?
S – A principal meta é não sofrer golos em casa. Se isso suceder temos boas hipóteses de passar a ronda. Não partiremos para o ataque desenfreadamente. Jogaremos tranquilamente tentando chegar à vantagem só pela certa. Não correremos riscos desnecessários.