Para quem pensava ser um sonho... Eis a realidade!

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As estrelinhas da UEFA voltaram a colorir as bancadas, assim como os adeptos da equipa da casa, que encheram por completo o Estádio da Luz, que esta quarta-feira viveu mais uma noite histórica. O encontro era de gigantes e apenas a vitória interessava a ambas as equipas. O ambiente não podia ser melhor e ao som do hino da Liga dos Campeões, as equipas entravam no relvado com o olhar direccionado ao centro onde o logotipo da prova dava ênfase ao acontecimento.

Com grande parte dos jogadores titulares lesionados, Koeman viu-se obrigado a efectuar alterações na equipa inicial. Assim, alinharam, Quim, Anderson, Luisão, Leo, Petit, Geovanni, Alcides, Nuno Assis, Beto, Nélson e Nuno Gomes.

O jogo começou da pior maneira para a equipa portuguesa, com o Manchester United a inaugurar o marcador através de Scholes, após um bom cruzamento de Neville, numa jogada em que a defesa «encarnada» foi surpreendida. Mas, por estranho que pareça, esse golo não catapultou os ingleses para a vitória. Os atletas ingleses estavam lentos e até parecia que já tinham a vitória conquistada...

O Benfica, por sua vez,apostava nas alas e aos 15 minutos chegou ao golo do empate. Nélson aproveitou os espaços concedidos, cruzou para a área, os defesa contrários ficaram a ver e Geovanni, de cabeça, restabeleceu a igualdade. Um grande golo do brasileiro que regressou esta noite às grandes exibições. A confiança dos jogadores do Benfica continuava a aumentar, perante a displicência do adversário, nos quais Cristiano Ronaldo, individualista, e Giggs, em péssima condição física, não conseguiam fornecer bolas aos avançados, que assim eram inconsequentes.

Aos 32 minutos, o Benfica conseguiu a reviravolta no marcador. O médio Beto aproveitou um mau alívio de O´Shea e rematou forte, com a bola ainda a embater num jogador do Manchester United e a impedir a defesa a Van der Sar. Estava feito o 2-1 na Luz para alegria dos muitos adeptos benfiquistas que coloriam as bancadas, contrastando com a tristeza que estava estampada no rosto dos adeptos visitantes. Os ingleses tentaram reagir, mas continuavam a revelar clara falta de discernimento e capacidade de passe para criar situações de perigo.

Já sem Cristiano Ronaldo - que foi «anulado» pela excelente exibição de Leo - e sem Giggs que também viu as suas ocasiões serem cobertas pela dupla Alcides/Nélson - o Manchester United continuava a «empapar» jogo no centro do terreno.

O Benfica por sua vez, segurava com calma o encontro, já com Mantorras, João Pereira e Ricardo Rocha em campo. O jogo acabaria pouco depois, com a merecida vitória da equipa da casa que com muito empenho, mérito e vontade, conseguiu dar a volta ao resultado. Koeman é, claramente, um dos grandes vencedores da noite. O técnico colocou inesperadamente Geovanni como ponta-de-lança e essa aposta foi ganha, tendo o extremo brasileiro jogado bem, surpreendido o adversário e... marcado um golo.

De salientar ainda o facto de o Benfica ter jogado sem Simão, Miccoli, Manuel Fernandes e Karagounis e ter conseguido, mesmo assim, derrotar o (pseudo) favorito Manchester United, que entrou no Estádio da Luz a pensar que tudo já estava decidido.

A vitória colocou o Benfica na segunda posição do Grupo D e, consequentemente, a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O Manchester United, por sua vez, despede-se assim das provas europeias.

Reportagem na Luz de: Rafael Santos (textos), Isabel Cutileiro e Hugo Manita (fotos).