Volei: Cabeça em Almada quase custava derrota

Com Doug Bruce operacional e a titular, o Benfica fez um 1ºset de um nível altíssimo, pressionando os jogadores do Castêlo que, nervosos, iam cometendo alguns erros. A exibição do Benfica roçava a perfeição e os números deste set só não foram mais evidentes, porque o Benfica deixou de 24-15, passar para 24-18 e fechar aos 25-18.

Numa altura em que no Pavilhão dominava o apoio ao Castêlo (a generalidade dos adeptos do Benfica estavam ainda a ver o futsal), esperava-se que o Benfica mantivesse o ritmo e atacasse o 2ºset desde o inicio. Aconteceu que, fruto de sucessivas desconcentrações, o Benfica foi cedendo pontos ao adversário, mas nunca deixando o Castêlo abrir grande vantagem. O set decidiu-se mesmo nas vantagens e pendeu, com alguma naturalidade, para o Castêlo.

O 3ºset começou com as bancadas compostas (final do jogo de futsal) e com o Benfica ainda mais desconcentrado. Com a final da Taça em mente, os jogadores estiveram desconcentrados, o que levou o irritado José Jardim a trocar Doug Bruce por André Cabacinha. Esta troca foi no imediato feliz, pois de 11-16, o Benfica chegou a 16-16, revelou-se ineficaz para o resto do set, pois o desacerto era geral. André Lopes rendeu Manuel Silva, mas ainda assim as coisas não melhoravam e 22-25 para o Castêlo colocava o Benfica em maus lençóis.

Obrigado a ganhar, o Benfica entrou mais agressivo no 4ºset, disparando a meio deste set para uma clara vitória por 25-19. O adversário mostrava-se inconstante, o que ajudou à recuperação encarnada.

Chegava a “negra” de todas as decisões e começou muito mal. 3 erros sucessivos do Benfica deixaram o Castêlo com 1-4 a seu favor. José Jardim pediu o seu desconto de tempo e o Benfica reagiu, através de Dudu, e fez o 4-4. Pior a emenda que o soneto, e o Castêlo chegou ao 5-8. Inconformado, José Jardim trocava a sua formação, com a entrada de Doug Bruce para o lugar de Dudu e de Manuel Silva para o lugar de André Cabacinha. Com muita raça, e apesar de continuar a cometer erros, o Benfica encurtou distâncias até ao 11-13, altura em que os jogadores e treinador do Castêlo, mais entretidos a reclamar com o árbitro, deixaram o resultado chegar ao 14-13. A partir daí, assistiu-se a voleibol de classe, com o Benfica a arriscar tudo no serviço e o Castêlo com mais cautelas. Taco a taco, o jogo decidiu-se quando o Benfica conseguiu parar o “side-out” contrário e Bruce serviu na ponta André Lopes, que fechou em 19-17 e assim coloca o Benfica em vantagem no play-off.

No próximo Domingo há mais entre estas 2 equipas, mas na Maia. Uma vitória do Benfica coloca a equipa nas meias-finais, uma derrota obriga a terceiro jogo, na Luz.

Mas antes, 3ªfeira de Carnaval, o Benfica vai tentar revalidar o título da Taça de Portugal, frente ao Sporting de Espinho, em jogo a disputar no Complexo de Desportos de Almada. Vamos todos apoiar o Benfica e levar a equipa à vitória.


Benfica 3 – 2 Câstelo da Maia (25-18, 28-30, 22-25, 25-19 e 19-17)

Benfica: Doug Bruce (1), André Lukianetz (21), Carlos Schwanke (10), Dudu (26), Manuel Silva (8) e Roberto Purificação (15); Carlos Teixeira (líbero) (1). Pedro Fiúza (cap), Éden Sequeira, André Cabacinha, André Lopes (9) e Marco Ferreira.
Treinador: José Jardim

C. Maia: Kevin Hansen (2), Nélson Brízida (13), Peter Turpin (13), Alexandre Rodrigues (29), Léo (15) e Fábio Jardel (15); João Coelho (líbero). Rui Santos. Não utilizados: Pedro Sousa, Alexandre Castro (cap), Nuno Soares e Nuno Pereira.
Treinador: Paulo Cunha