S.L.Benfica 1-0 Sp.Braga: Golo madrugador de Nuno Gomes dá vitória aos «encarnados»

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Noite fresca na Luz, com algumas ameaças de chuva, que ainda assim foram insuficientes para afastar os benfiquistas da «catedral», num dos jogos mais importantes da época, para os «encarnados» que continuam na luta pelo título, ainda que as contas sejam difíceis para os da Luz. Cerca de 50 mil adeptos responderam à chamada e apoiaram o Benfica que entrou em campo com Moretto, Luisão, Anderson, Léo e Ricardo Rocha na defesa; Petit e Manuel Fernandes ao centro, Simão Sabrosa na direita, Robert na esquerda, Nuno Gomes e Manduca na frente.

Nas bancadas o público delirava com o tradicional voo da águia Vitória que deixou os bracarenses rendidos, a aplaudirem o emblema vivo do clube da Luz.

1.ª Parte: Vontade de decidir cedo...

O pontapé-de-saída coube aos da casa com um incentivo vindo das bancadas. «+Entrega,+Força,+Garra... +Campeão», lia-se na tarja dos Diabos Vermelhos, que ainda mal tinham arrumado o incentivo, já festejavam em conjunto com todo o estádio o golo madrugador de Nuno Gomes. O camisola 21 desmarcou-se no coração da área, Laurent Robert, atento colocou-lhe a bola ao alcance e Nuno Gomes apenas teve de encostar para dentro das redes de Paulo Santos. Estava feito o 1-0 na Luz e Nuno Gomes juntava-se aos adeptos nos festejos, numa altura em que o apoio do público é de facto imprescindível.

O Benfica apresentava-se em campo com vontade de decidir a partida cedo e aos 10 minutos, na cobrança de um canto, Petit coloca a bola em Luisão, o central falha o golo e na recarga Anderson segue o mesmo caminho. O Braga por sua vez tentava responder em bloco, mas a defensiva do Benfica manteve-se firme, fazendo rolar o contra-ataque pelo lado esquerdo da defesa, onde uma vez mais, Léo esteve ao seu melhor nível.

Léo, que por ironia do destino quase traía Moretto ao minuto 17, depois dos bracarenses terem ganho a bola a meio-campo. Ainda assim, o guarda-redes «encarnado» estava atento e tira a tempo, a bola do alcance do avançado João Tomás, que a par de Delibasic, já jogou no Benfica.

Na resposta, a turma de Koeman apostava novamente no engenho e na agilidade do trio atacante, com Robert a entender-se bem com Manduca e a colocar em Nuno Gomes, que em zona frontal à baliza do Braga, vê a possibilidade de marcar afastada pelo corte de Sidney.

Depois foi a vez de Moretto mostrar alguma intranquilidade ao sair a um lance onde Ricardo Rocha parecia ter a jogada controlada. O camisola 33 acabaria mesmo por se lesionar com os punhos do guardião da nossa equipa. Na jogada seguinte e já com Ricardo Rocha em campo, Moretto volta a andar aos papéis, isto quando todo o banco «encarnado» reclamava uma falta não assinalada sobre Petit, que poderia ter sido bem mais grave para o jogador. A preocupação era geral, até porque vem aí o Barça.

No primeiro tempo, Moretto acabaria no entanto por se redimir ao defender um remate inesperado de João Tomás, quando decorria o minuto 38. Entretanto Koeman pedia a Simão Sabrosa para trocar de posição com Robert, numa altura em que o Braga reclamava uma penalidade sobre Delibasic. No contra-ataque, Petit sofre falta, livre assinalado contra o Braga e instalava-se a confusão entre os jogadores das duas equipas com os cartões a saírem do bolso de Paulo Baptista. Na cobrança Robert atira contra Luisão.

O intervalo chegaria então ao Estádio da Luz, com o Benfica em vantagem no marcador.

2.ª Parte: Golo madrugador levou a que o pensamento no Barça chegasse mais cedo...

Para o segundo tempo, Koeman pediu a mesma garra e vontade demonstrada no primeiro tempo, mas os jogadores apenas corresponderam nos minutos iniciais. Aos 51 Manduca teve nos pés o segundo golo, mas procurou o penalty e desperdiçou desta forma o golo benfiquista. Depois Luís Filipe comete falta feia sobre Léo, vê o amarelo e na resposta os bracarenses tentam mesmo surpreender por intermédio dos lances de bola parada.

O meio-campo pedia aos poucos, as suas forças e Koeman chamava Karagounis, fazendo sair Manduca. Mas continuava a ser o Braga a dominar nesta parte do jogo em que João Tomás esteve uma vez mais perto de marcar, mas Moretto atento, numa defesa apertada, atira para canto. Depois Koeman poupava Petit - aplaudido de pé - substituindo-o por Beto que continua a ser o mal-amado dos adeptos da Luz.

Decorria então o minuto 70 quando o Benfica por intermédio de Simão, tentava uma vez mais atacar as redes bracarenses. O «capitão» dos benfiquistas furou a defesa e acabou por sofrer falta de Luís Filipe, que lhe valeu o segundo amarelo e consequente expulsão. O Braga passava assim a jogar com 10 jogadores. Na cobrança do Livre, o mesmo Simão possibilita a defesa de Paulo Santos.

O Benfica tinha então, mais oportunidades do que os bracarenses, mas a vontade já não era muito e o pensamento recaía já no jogo da próxima terça-feira. Apenas Léo e Karagounis pareciam querer dar outro rumo ao jogo. O francês Robert era aos 80 minutos chamado por Koeman para dar lugar a Geovanni. O francês também acabaria por sair do relvado ovacionado pelos adeptos que gostaram da sua exibição este sábado.

E depois há uma situação que fica na retina... Já decorriam os 4 minutos de compensação dados por Paulo Baptista, quando o Benfica beneficia de um Livre. Beto queria marcar, mas Manuel Fernandes agarra a bola, não "autorizando" desta forma a cobrança do mesmo pelo camisola 16. Depois já com a bola na posição certa, chega Karagounis que parecia querer tocar para Manuel Fernandes, mas Beto levou mesmo a melhor e rematou forte, ao lado do poste esquerdo da baliza de Paulo Santos.

O jogo chegaria então ao final, com os «encarnados» a alcançarem desta forma mais três preciosos pontos, numa partida em que Léo voltou a fazer uma daquelas exibições que já nos habituou. O camisola 5 foi mesmo o melhor elemento em campo. Agora o Benfica aguarda um deslize dos seus principais adversários, enquanto centra atenções nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

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Reportagem na Luz: Rafael Santos
Fotos: Isabel Cutileiro