Paços de Ferreira 1-1 S.L. Benfica: Incompreensível

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Depois da vitória na Luz frente ao Nacional, o Benfica tinha no calendário uma difícil deslocação à Mata Real, onde uma vitória aumentaria a moral dos jogadores para o importante jogo da próxima quarta-feira, frente ao Manchester United, para a Liga dos Campeões.

E se no ano passado a visita à capital do móvel, não correu de feição aos homens da Luz, que perderam por 3-1. Esta sexta-feira a história foi bem diferente. Com Quim, Alcides, Luisão, Anderson, Léo, Katsouranis, Karagounis, Nuno Assis (Manu, 29, Miguelito, 56), Paulo Jorge, Simão e Miccoli (Mantorras, 67), o Benfica apresentava-se em campo mais determinado e com o seu objectivo bem presente na ambição dos seus jogadores.

1.ª Parte: Benfica domina e chega ao intervalo a vencer... 

Mas quer o Benfica, quer o Paços, enquadravam-se bem no sistema de jogo apresentado pelos técnicos adversários. Aos 11 minutos, o Benfica tem através de um canto apontado por Simão, a primeira oportunidade do jogo, anulada de imediato pela defesa da casa.

Simão Sabrosa que aos 14 minutos voltaria a estar em destaque com um belo remate que Pessanha defendeu. Por sua vez, o Paços de Ferreira tentava responder por Didi, mas Andersson comete falta e viu desta forma o primeiro amarelo nesta liga, também o primeiro, mostrado por Lucílio Baptista nesta partida.

E se na sequência do Livre, o Paços de Ferreira quase que cria perigo... Ao minuto 22 Elias obriga mesmo quim a efectuar a primeira grande defesa da noite. A bola levava selo de golo.

Como se costuma dizer... «Quem nao marca sofre», e assim foi. Katsouranis inaugura o marcador aos 24 minutos. Paulo Jorge entra na área adversária pela esquerda, vai à linha  e cruza para o coração da área onde, apareceu o grego, sem marcação, para de cabeça colocar a bola no fundo das redes defendidas por Pessanha. Estava feito o 0-1.

Aos 29 minutos Karagounis vê o amarelo por impedimento de um ataque a um jogador do Paços, isto numa altura em que Fernando Santos foi forçado a substituír Nuno Assis por Manu devido a lesão na face de Nuno Assis.

Depois foi novamente, a vez do Benfica atacar, desta feita por Katsouranis, com uma vez mais Paulo Jorge envolvido na jogada. Esteve imparável o ex-boavista.

O intervalo chegava então à Mata Real com um golo do grego Katsouranis, nos primeiros 45 minutos que foram jogados debaixo de chuva intensa. Ainda que sem criarem muitas situações de perigo para o adversário, os «encarnados» dominavam praticamente o jogo, mas para o segundo tempo esperava-se certamente um Paços de Ferreira mais atrevido.

2.ª Parte: Empatar nos descontos e de forma incompreensível...

No segundo tempo, o jogo perdeu qualidade, que já não era muita nos minutos finais do primeiro tempo. E Lucílio Baptista acabou por estar no centro das atenções ao mostrar muitos cartões amarelos.

O priemeiro foi para Paulo Sousa por falta cometida sobre Simão. Na sequência do livre, Miccoli dentro da área do Paços remata forte, mas a bola passou ao lado do poste de Pessanha.

Depois ao minuto 53 surge a viragem do jogo com a expulsão de Léo. O defesa esquerdo do benfica comete falta, assinalada prontamente pelo fiscal de linha. Em desacordo com o auxiliar, Léo vê o cartão ser-lhe mostrado por Lucílio Baptista, ao que o jogador reage com um aplauso, que levou à mostragem do segundo amarelo e consequente vermelho.

O Benfica estava então reduzido a dez unidades. Fernando Santos tira aos 56 minutos Manú que havia entrado na primeira parte, muito aquém do que se esperava. Miguelito ocupava o seu lugar, mas passaria a jogar no lugar de Léo, então expulso por acomulação de amarelos.

As faltas sucediam-se e aos 61 Miccoli é carregado por Luis Carlos que também vê o amarelo. O Benfica por sua vez, vencia mas já não convencia e Fernando Santos tentava dar mais ânimo ao ataque benfiquista, fazendo saír o italiano, para colocar Mantorras em campo.

Mas no minuto seguinte, um livre favorável aos da casa, quase dava golo, não fosse Quim segurar com firmeza... Aos 76 minutos Luis Carlos vê o segundo amarelo e é expulso. O Paços passava também a jgar com 10.

Daí para a frente, foi um festival de cartões amarelos. Primeiro para Simão, depois para Quim, do lado do Benfica; e para Ronny, do lado do Paços de Ferreira. O jogo não chegaria aos 90 minutos sem mais um amarelo, desta feita para Paulo Jorge, aquele que foi, no nosso ponto de vista, o melhor jogador dos «encarnados», em todo o jogo. Esteve na jogada que deu o golo. Criou por diversas vezes ataques com algum perigo e ajudou na fase final, na defesa. Sem dúvida um jogador importante que o Benfica foi buscar ao Boavista, com muita força e capaz de aguentar 90 minutos a uma velocidade constante.

Lucílio Baptista, concedia mais 4 minutos de jogo. E foi já sobre esses descontos que o Benfica, de forma incompreensível sofria o golo que daria o empate aos da casa. Renato Queiroz cruzou da direita, com o avançado do Paços a antecipar-se a Andersson no coração da área, fazendo o golo de cabeça. Estava feito o 1-1 quando já ninguém esperava.

Em resumo, o Benfica começou a vencer por golo de Katsouranis, mas acabou por ver dois pontos perdidos, dado que já nos descontos, o Paços de Ferreira apontou o golo do empate. No final 10 jogadores para cada lado, num jogo marcado pela amostragem de muitos cartões, e com o Benfica a ficar privado de utilizar Léo na próxima jornada. Fernando Santos mostrou-se desagradado no final, com a atitude dos jogadores, que acabam por prejudicar a equipa.