A 15 segundos da Felecidade

Fonte
SLBenfica
Foi apenas nos segundos finais que o clube da Luz lhe viu fugir uma vitória certa diante do FC Porto, em jogo a contar para a primeira-mão da Supertaça António Livramento. O 2-2 final até acaba por ser justo, mas o Benfica fez mais pela vitória do que os portistas, pelo que se trata de um resultado com sabor amargo. A diferença estava em Valter Jogando de início com Carlos Silva, Pedro Afonso, Valter Neves, Ricardo Barreiros e Rui Ribeiro, o Benfica defrontou um FC Porto em que Edo Bosh, Filipe Santos, Reinaldo Ventura, Reinaldo Garcia e Pedro Gil foram os titulares. Claro está que entre os “cincos” iniciais notava-se uma ausência de vulto: o capitão do Benfica, Mariano Velazquez, castigado de forma insólita pela FPP. O argentino marcou presença, ainda assim, na primeira fila das bancadas do Pavilhão Açoreana Seguros, na Luz. Numa partida assistida por Luís Filipe Vieira, Fernando Tavares e por Mário Dias, o equilíbrio foi a nota dominante, especialmente no decorrer da etapa inicial. Foi então que os campeões nacionais mostraram todo o seu potencial através de variados lances de contra-ataque nos quais Carlos Silva mostrou todos os seus reflexos, garantindo a inviolabilidade das suas redes. Por seu turno, o Benfica revelou maior qualidade que o antagonista, principalmente ao nível da circulação de bola, apesar de ter mostrado alguma dificuldade em ultrapassar a compacta defensiva “azul-e-branca”. Adivinhava-se o nulo, mas a excepção estava guardada para o minuto 16’, quando Valter Neves rematou violentamente de meia distância, da esquerda para a direita, num grande golo. Tal tento levou ao rubro a assistência que ocupou cerca de um terço das cadeiras do Pavilhão da Luz. Os portistas não reagiram como se esperava, até porque o Benfica nunca deu grandes veleidades ao ataque dos nortenhos. Ainda assim, a seis minutos do intervalo, Reinaldo Ventura enviou uma bola ao poste da baliza de Carlos Silva, mas de seguida o argentino Tomba permitiu uma tremenda defesa a Edo Bosh. Hora de acelerar A segunda parte foi em tudo mais interessante que a primeira. Os portistas entraram a todo o gás, tendo sido Pedro Afonso o jogador benfiquista que se mostrou decisivo nessa fase. O defesa cortou uma série de jogadas que indiciavam o golo do empate. Mas se tal situação não aconteceu em jogadas corridas, acabou por surgir numa situação na qual ninguém estava à espera. Pedro Gil acabou por, supostamente, dar o toque final, pelo menos segundo o árbitro. A legalidade do golo deixou muitas dúvidas no ar, o que incendiou o ambiente na Luz, apesar de nunca ter existido qualquer tipo de problema a nível de segurança. Aos 42’, no entanto, o Benfica colocou-se novamente em vantagem, num enormíssimo golo de Ricardo Barreiros que, no flanco esquerdo do ringue, voltou-se de repente e atirou a contar para o primeiro poste. Os minutos seguintes vieram confirmar a superioridade benfiquista mas, a 15 segundos do fim, o ataque benfiquista perdeu a bola em vez de “congelá-la” e os portistas chegaram ao empate por intermédio de Reinaldo Garcia, no contra-ataque. O Benfica parte, assim, para Fânzeres sem vantagem no marcador. E bem que merecia tê-la...