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Luisão e Anderson decisivos Uma boa noite dos centrais do Benfica. Uma dupla que se completa e que esteve segura na Luz, com cortes decisivos. A pressão de Fowler e Morientes foi sempre controlada. Luisão e Anderson levaram sempre a melhor. Aos 55 minutos Luisão fez um excelente corte a Luís Garcia. Anderson antecipou-se com classe a Kewell (59m). Quer de cabeça ou com os pés, foram sempre eles que mandaram numa zona que se tornou proibitiva para os ingleses. Luisão acabou por brilhar mais alto, marcando de cabeça o golo da vitória (84m), após livre de Petit. Léo determinado O cartão amarelo a Luís Garcia aos 25 segundos foi o pontapé de saída para um duelo interessante com Léo, que ganho quase sempre pelo brasileiro. O baixinho em nada se incomodou com o espanhol e apesar da diferente estatura ainda conseguiu ganhar alguns lances de cabeça. Jogou bem. Esteve seguro a defender e antecipou-se em jogadas por mérito próprio. Manuel Fernandes vs Xabi Alonso: o duelo dos 14 Mal a bola começou a rolar posicionaram-se frente a frente e não se largaram. Uma marcação cerrada entre ambos que se transformou na chave do jogo. Aos 22 minutos Manuel Fernandes conseguiu libertar-se, ganhou a meio-campo, depois de uma perda de Beto, flectiu para a esquerda e serviu Robert. O francês prosseguiu na direcção da grande área mas nem o canto conseguiu ganhar e perdeu-se o mais parecido com uma jogada ofensiva, até o momento. Com a entrada de Hamann (34m), Xabi Alonso passou a ser marcado por Beto e Manuel Fernandes ficou com mais espaço para tentar desequilibrar no meio-campo. Petit, lúcido Jogou mais recuado do que Manuel Fernandes e Beto e esteve seguro. Lúcido a ver o jogo, na segunda parte teve mais espaços e assumiu o comando do jogo. Obrigou Benítez a colocar Gerrard para controlar a influência que o internacional A estava a ter no jogo. Quando todos esperavam o remate à baliza, marcou o livre em jeito e colocou a bola na cabeça de Luisão (84m) Beto, terá desejado ser chinês Foi herói com o Manchester United e com um golo calou as críticas em seu redor, mas os benfiquistas já esqueceram a importância do brasileiro na vitória histórica. Os ingleses agora eram outros e tudo começou do zero. Ou melhor, tudo começou como antes da vitória frente à equipa de Cristiano Ronaldo. Beto voltou a ser assobiado. Cada corte falhado ou perda de bola foram ganhando proporção à medida que aumentavam em número. Não foi um bom jogo do médio. Andou como que perdido no meio-campo e os adeptos não perdoaram. Teria sido bem melhor se fosse chinês e não entendesse português. Assim não teria tido percepção das vozes críticas que teve na Luz. Saiu aos 57 minutos, para dar lugar a Karagounis. Uns bateram palmas e outros assobiaram-nos. Uma das classes do Benfica preferiu aplaudir e gritar pelo nome de Beto, compreendendo o peso dos gritos de descontentamento que recebeu quando esteve em jogo. Morientes de classe Nem sempre é titular no Liverpool mas na Liga dos Campeões esteve em bom plano. Depois de uma primeira parte inglória, à semelhança da de Nuno Gomes, onde só lhe foi possibilitado ganhar as bolas que chegavam ao ataque, Morientes subiu de rendimento na segunda parte. Recuou para buscar jogo, ganhou bolas de cabeça para servir os companheiros. Ainda fez um remate perigoso à baliza de Moretto. Tácticas encaixadas Koeman e Rafa Benítez estudaram exaustivamente o primeiro jogo dos oitavos-de-final. Em campo entraram duas equipas bem definidas e conhecedoras das obrigações que cada um tinha de colocar em prática. Os jogadores encaixaram-se de imediato e não mais largaram o adversário que lhe competia marcar. Foi assim durante todo o jogo onde os espaços tinham de ser inventados como que num reflexo, motivado por um instituto. O tempo para pensar não existia já que o marcador de serviço estava sempre por perto.