Fonte
A Bola
Luís Filipe Vieira é hoje reconhecido como o presidente que colocou o Benfica nos eixos, mas Eusébio é... Eusébio. Por isso, neste fim-de-semana passado no Canadá cada um ocupou o seu espaço sem quaisquer atropelos. E porque o futebol continua fresco na memória de todos, benfiquistas ou não, o tempo de antena de Eusébio na distribuição de autógrafos não deu para contabilizar... Mas Eusébio também disse de sua justiça. Em London, por exemplo, apostou numa frase feita «O Benfica é grande », mas também afirmou: «Espero voltar aqui no próximo anona comemoração do 13.º aniversário deste clube e nessa altura espero comemorar a conquista de novo Campeonato e da Taça de Portugal.» Já anteontem, em Toronto, a maior referência de sempre do futebol português, na conferência de imprensa para os jornalistas lusos desta cidade foi ao baú das memórias para recordar os golos que marcaram a sua carreira. E destacou três:«Na Taça dos Campeões, frente ao La Chaux-de-Fond, ganhámos por 5-1, marquei três e o terceiro foi espectacular; frente ao Real Madrid, também para a Taça dos Campeões, na Luz, com o mesmo resultado de 5- 1,nãomeesqueçodomeusegundo golo; finalmente, pela Selecção Nacional, no Mundial de 66, vencemos o Brasil 3-1, marquei dois golos e o segundo fica para a história. Aliás, esse golo deu-me uma grande alegria por se tratar do Brasil.» Mais tarde, antes de viajar para Portugal mas evidenciando evidente cansaço, Eusébio voltou a distribuir centenas de autógrafos e ajudou a vender o kit, mas a determinada altura teve de parar. Parou, mas explicou aos presentes antes de ter dado um beijinho a cada umas das cozinheiras que confeccionaram a refeição: «Já não aguentava mais dos dedos. Até tive de fazer gelo!» Eusébio na sua enorme simpatia. Ele é mesmo o king de que Portugal se deve orgulhar.