Fonte
A Bola
Um raro privilégio este de ver Koeman sorrir mais do que nunca. Chegou a Barcelona bem perto das 19 horas locais, uma amais do que em Lisboa, e tinha à sua espera carro e motorista. A seu lado o adjunto Bruins Slot, também ele lembrado numa lista de cem personalidades do desporto, mas sem as honrarias do chefe de equipa. Tempo apenas para um rápido banho no Hotel Juan Carlos, vestir o fato de gala e seguir para o Palácio dos Congressos da Catalunha. À entrada já vinha desfeito em sorrisos, em amena cavaqueira com Nadal. Depois, um reencontro emocionado com Zubizarreta, ex-guarda redes do Barcelona, também campeão Europeu.
O «Tintin» do futebol
Koeman não largava o sorriso. Por vezes as faces ficavam um pouco mais coradas e logo nos lembramos pela carinhosa alcunha com que é tratado na cidade Condal: El Tintín do futebol. Sorrimos com a graça. Koeman conversa com muita gente. Cruza-se com Ronaldinho Gaúcho e troca com o génio brasileiro alguns minutos de conversa. Depois com Puyol. Mais tarde um aperto de mão afectuoso com Frank Rijkaard, treinador do Barcelona. Tem de se sentar na terceira fila do auditório que os príncipes Felipe de Borbón e Letízia Ortiz acabavam de entrar.
Explosão de palmas
O apresentador, o humorista Santi Millan, brinca com Koeman e com a forma como marcou o golo à Sampdória nesse inesquecível 20 de Maio de 1992. Mais tarde, num resumo de um documentário sobre os últimos 100 anos do desporto Mundial, essa jogada passada em replay. Corria o minuto 111 do prolongamento e ninguém conseguia marcar. Livre ainda longe da grande área da equipa italiana. Koeman recebe a bola com um pequeno toque, enche o pé e, qual canhão, envia a bola rasteira para o lado direito da baliza de Pagliuca. A imagem pára, há um momento em que a respiração fica suspensa e, depois... golo do Barça. Nesse momento, a sala explode em aplausos. Este foi o momento mais aplaudido, diga-se, entre dezenas de outros feitos do desporto espanhol e mundial. Barcelona adora Koeman, quem duvidasse ficaria convencido.
Com Pelé e Ronaldinho
Outro momento alto da noite: o Mundo Deportivo chama ao palco 16 desportistas como símbolos do que de melhor se fez no último século. E Koeman posou para a fotografia ao lado dos príncipes das Astúrias y Girona e de grandes desportistas como Pelé, Ronaldinho Gaúcho, Arantxa Sanchez Vigario, Miguel Indurain, Carlos Sainz, Rafael Nadal ou Puyol para falar dos mais conhecidos do público português. Seguiu-se o jantar, reservado aos convidados, a ida para o hotel e o regresso, esta manhã, a Lisboa. O dever chama e de Barcelona, seguramente, já Koeman leva saudades.