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Luís Filipe Vieira foi agredido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por um indivíduo, natural de Mirandela, chamado Vítor Dinis, que se identificou como amigo de Moretto e dirigente da Portuguesa dos Desportos. O presidente do Benfica estava na sala de embarque com o guardião brasileiro e respectiva família quando começou a ser provocado por Vítor Dinis, que embarcava no mesmo voo com destino a Lisboa. Os ânimos exaltaram-se e Vieira chegou mesmo a ser empurrado contra um vidro, valendo a pronta intervenção dos outros passageiros para serenar os ânimos. Tudo isto perante o olhar incrédulo de Moretto, que nem queria acreditar no que se estava a passar e também foi forçado a acalmar os intervenientes.
Os ânimos exaltados na sala de embarque culminaram com ameaças quer ao presidente encarnado quer ao próprio guarda-redes. "Podes assinar pelo Benfica mas nunca lá irás jogar", afirmou por diversas vezes o suposto amigo do guarda-redes, que relatou que o jogador lhe tinha confessado que ia para o FC Porto. "Quando ele chegou ao Brasil para as férias de Natal disse-me que tinha chegado a acordo verbal com o FC Porto. O Benfica é que se atravessou no caminho. Eu tirei-o da fome quando ele foi para Portugal", garantiu Dinis que, no entanto, recusou qualquer ligação ao clube portista, apesar das críticas persistentes ao modo como os encarnados chegaram a acordo com o atleta.
Após a confusão, Vieira entrou rapidamente no avião acompanhado por Moretto. A tripulação, ao assistir ao sucedido, tentou garantir que a cena não se repetisse no voo, já que, tal como Vieira e Moretto, também Vítor Dinis viajava em classe executiva, ou seja, separados por escassos metros. Eram cerca de 22 horas em Portugal quando o voo para a capital portuguesa descolou, estando a chegada prevista para hoje às 7 da manhã.