Fonte
A Bola
O jornalista Pedro Mendonça Pinto conduziu a entrevista que hoje (e amanhã, às 16h10, em repetição) vai para ar, gravada em Madrid por altura da promoção da Adidas para apresentação das novas chuteiras desta marca. Um dos temas quentes da actualidade prende-se com a possível saída de Simão do Benfica, em Janeiro. «Neste momento, o que desejo para o meu futuro é recuperar da lesão e voltar a jogar. Como profissional que sou, o meu presente é ajudar o Benfica. Quanto ao futuro, não sei o que acontecerá, se surgir uma proposta iremos conversar», disse o camisola 20, deixando claramente uma porta aberta a qualquer cenário.
Lesão e Sp. Braga
O capitão encarnado continua a recuperar de lesão e espera voltar brevemente aos treinos sem limitações. «Felizmente a situação não se agravou com o Villarreal, mas tive dificuldades e dores em alguns momentos. Tinha a perna ligada e isso limitou-me também alguns movimentos. Contudo, quando jogo nestas condições por vezes também fico triste, uma vez que a maior parte das pessoas não percebe porque razão o Simão jogou mal. Não quero arranjar desculpas, mas por vezes não dão o valor adequado », disse. Perspectivou, em seguida, a deslocação ao líder da Liga. «Conheço muito bem o professor Jesualdo Ferreira, das selecções jovens e do Benfica, e sei o que pode fazer. O Sp. Braga está a fazer um bom campeonato, à imagem da temporada passada, e está na frente, mas esperamos que não continuem assim (risos) e que o Benfica alcance os seus objectivos. A verdade é que é importante para o futebol português que existam clubes como o Sp. Braga».
Unhas roídas, livres e Selecção
Ver os jogos do Benfica na bancada é algo a que Simão está pouco habituado, mas a lesão a isso tem obrigado. «Estou sempre a roer as unhas. Gosto mais de estar lá dentro a ajudar, cá fora é muito stressante», expressou. Admite ser auto-crítico e esclarece que o jeito para marcar livres não é só um dom: «É importante treinar muito e aperfeiçoar, é o que faço. Depois, se repararem, antes de cada penalty ou livre respiro sempre fundo, para sair um pouco da pressão e ficar mais concentrado. » Não faltou ainda uma referência à qualificação da Selecção Nacional para o Mundial:
«Foi tudo muito bem planificado. Scolari tem muito mérito pelas mudanças que implementou e por transformar a equipa numa família. Agora vamos tentar chegar o mais longe possível. »
De Cristiano Ronaldo a Figo
Também Cristiano Ronaldo foi tema de conversa. «Conheço-o desde as camadas jovens do Sporting e sei as condições que tem para jogar futebol e evoluir cada vez mais. O mais importante é que seja bem acompanhado porque é jovem e tem de ter cuidado com a sua imagem. Espero que não volte a passar por situações como a que viveu recentemente em Inglaterra », expressou. Para terminar, duas curiosidades: Qual o adversário mais difícil que defrontou? «Roberto Carlos», respondeu. E ainda, quais os melhores jogadores com quem actuou? «São dois. Rivaldo é fantástico e gostava de ter 50 por cento da qualidade do pé esquerdo dele. E Figo, que sempre foi e continua a ser uma referência e um exemplo a seguir», justificou o capitão do Benfica.