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Não há acordo algum.” É desta forma que uma fonte do Benfica garante ao Sportugal que as negociações entre Simão e o Valência chegaram a um impasse dificilmente ultrapassável. O clube che pretendia resolver nesta terça-feira a situação com o extremo benfiquista, mas Amedeo Carboni, director desportivo dos espanhóis, levou de volta o contrato já redigido, mas sem a assinatura de Sabrosa. A perspectiva de apresentar o português como reforço até sábado ficou muito mais complicada.
O Sportugal sabe que, a partir de agora, e se não houver outra hipótese de emigrar – Joe Cole lesionou-se, e Mourinho poderá ter de voltar ao mercado em busca de um extremo para o Chelsea… –, o internacional português pretende voltar a conversar com o Benfica, no sentido de negociar um aumento da sua remuneração; promessa que terá sido feita pelos dirigentes encarnados aquando da oportunidade milionária de sair para o Liverpool, em Janeiro. Simão tem vínculo com o clube da Luz até 2010…
Vieira: “Simão está feliz em Portugal”
Logo após o empate com o Áustria de Viena (1-1), para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o presidente do Benfica abordou, mais uma vez, a novela deste defeso: “Além de ser jogador do Benfica, Simão é o nosso capitão. Para sair do país tem de melhorar as suas condições de forma significativa. O Simão está muito feliz em Portugal e se as coisas continuarem como estão de certeza que vai continuar no Sport Lisboa e Benfica.”
Luís Filipe Vieira arranca depois uma sequência de afirmações ácidas na direcção do director do clube espanhol: “O sr. Carboni deve ter vindo fazer um festival em Portugal. A proposta que fez ao Simão foi completamente ridícula. Se nós soubéssemos que era aquela proposta, nem tínhamos ido a Valência. Tenho bastante carinho por ele, fui eu que o fiz regressar a Portugal… O Benfica fez um grande esforço para compreender o interesse Valência, mas o Simão não abandona o Benfica a qualquer preço, nem o Benfica está em saldo.”
Carboni regressa de mãos a abanar
Curiosamente, o empresário Jorge Mendes (mandatado pelos encarnados para mediar as negociações, como representante do fundo de investimentos MSI, detentor de 50 por cento do passe do jogador) viajou para Espanha no mesmo voo que Carboni. “Mera coincidência”, refere ao Sportugal fonte bem colocada. “Neste momento, o ingresso de Simão no Valência é muito difícil, para não dizer impossível”, sublinha a mesma fonte.
Como o campeonato espanhol começa mais tarde que a Liga portuguesa, haveria a possibilidade de esta ser uma estratégia para esticar a corda e forçar os valencianos a elevar a proposta salarial de 1,6 milhões de euros – mais 45 por cento de impostos –, para um contrato válido por seis temporadas desportivas. Mas os sinais que existem, neste momento, dão nota de uma ruptura quase irreversível.
O director desportivo do clube che esteve nesta terça-feira no Porto, em conversações com Jorge Mendes e com o advogado do atleta, mas o fosso entre as duas partes manteve-se inultrapassável. Refira-se que entre o Valência e o Benfica estava tudo certo, com o clube da Luz a encaixar 14,5 milhões de euros, se o negócio fosse avante.