Liga dos Campeões: Catalães travados no inferno da Luz

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Bom ambiente na Luz, num principio de noite fria que de imediato se tornou quente, com o voo tradicional da nossa águia vitória. O público - cerca de 65 mil espectadores - entrou uma vez mais em delírio e com a ajuda das claques la entoaram bem alto o apoio ao nosso Benfica, calando de imediato cerca de 2000 espanhóis que tentavam a todo o custo fazerem-se ouvir nas bancadas.

Depois foi a vez das equipas subirem ao relvado. O Benfica com Moretto; Ricardo Rocha, Luisão, Anderson e Léo; Beto, Petit e Manuel Fernandes; Simão, Geovanni (Karagounis, 67 m) e Laurent Robert (Miccoli, 46 m).

Já o Barcelona alinhava de início com Valdés; Belletti, Oleguer, Motta e Gio; Iniesta, Van Bommel e Deco (Gabri, 75 m); Larsson (Giuly, 75 m), Eto´o e Ronaldinho Gaúcho.

1ª Parte: Anular Ronaldinho, Deco e companhia...

O árbitro da partida deu então por iniciada a partida, com o Benfica a sair a jogar, numa primeira parte em que o Barcelona teve algumas oportunidades de golo, em grande parte, negadas por Moretto. O Benfica limitava-se assim a cortar os lançes ofenivos do trio atacante catalão, e apostava em jogadas de contra-ataque, onde a finalização pecou no último toque.

Ronaldinho Gaúcho, a grande estrela desta partida, acabou por ser anulado por Ricardo Rocha, embora tenha criado alguns desiquilíbrios no ataque esquerdo da turma do Barça. O brasileiro foi ainda assim o melhor elemento da turma do país vizinho. Do lado «encarnado» a figura do jogo era então Moretto, quer pela positiva, quando defendeu por duas vezes duas bolas que levavam o rumo do golo, quer pela negativa quando efectuou algumas defesas desastrosas, demonstrando algum nervosismo.

2.ª Parte: Consolidar o empate, tentar marcar e... um penalty não assinalado.

Numa noite em que esteve algo apagado, o francês Laurent Robert "deu" o seu lugar a Miccoli, no decorrer do intervalo, o que fez com que o Benfica melhorasse substancialmente no segundo tempo. Depressa o Benfica passou a tomar conta do jogo, algo que o Barcelona já tinha feito nos primeiros 45 minutos, e empurrou os espanhóis para o seu meio-campo. As oportunidades de golo apareceram com mais regularidade, algo que foi benéfico para o aumento da qualidade do espectáculo.

Na defesa benfiquista, os centrais estiveram atentos no segudo tempo, aos lançes de contra-ataque que agora eram do Barça. Entretanto o Benfica reclama uma penalidade não assinalada, depois de aos 72 minutos, Motta ter travado com a mão, um cruzamento de Simão, no interior da área catalã. Todos viram... menos o sr.Stephen Bennett, que de resto realizou uma arbitragem razoável.

Nota final, para o bom desempanho de Ricardo Rocha, que colocou Ronaldinho no «bolso», ao fazer uma amrcação cerrada que acabou por anular em quase todo o jogo, a presença daquele que é o melhor jogador do mundo, que ainda assim, mostrou um pouco do que é capaz de fazer. Beto também merece ser referenciado por dois aspectos. Primeiro porque fez uma excelente partida, incansável a defender e a marcar Deco, e útil a ajudar no ataque. Depois porque parece que foi desta que fez as pazes com o público da Luz.

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Reportagem na Luz: Rafael Santos
Fotos: Isabel Cutileiro / Valter Gouveia