O Benfica deslocava-se ao complicado terreno do Estoril Praia. Ainda sem Miguel Rosa que deve regressar na próxima jornada, o Benfica precisava de vencer para tirar proveito do embate entre o Estrela da Amadora e o Sporting. O Estoril ocupava o oitavo lugar da classificação, e tinha um histórico de três vitórias, dois empates e três derrotas no seu terreno. O Benfica fora de casa tem um bom aproveitamento, com seis vitórias, um empate e apenas uma derrota em Alcochete.
Sem mudanças no onze
Em relação à partida de Setúbal, o técnico Bruno Lage não fez quaisqueres alterações na equipa que entrou de ínicio para defrontar o Estoril. Com Milan Jeremic no banco, limitado fisicamente, o Benfica apresentou-se da seguinte forma: Rui Santos na baliza, André Casaca como defesa direito, Nuno Ferreira no centro direito da defesa, e Miguel Víctor no centro esquerdo. Ruben Lima foi o defesa lateral esquerdo. Romeu Ribeiro actuou como trinco, jogando João Ferreira e Dalibor como interiores direitos e esquerdos respectivamente. Na frente, actuaram Leocisio Sami sobre a esquerda, Carlos Correira sobre a direita, apoiados pelo camisola dez André Carvalhas.
Primeira parte dominada pelo Estoril
O Benfica entrou mal na partida, e cedo se viu que ia ser um jogo extremamente complicado para o Benfica. Hoje, o sector mais fraco da equipa foi o meio-campo e foi precisamente aí que o Estoril conseguiu ganhar o controlo do jogo. Foi logo aos sete minutos, que João Costa de livre, a castigar falta de André Casaca, fez a bola rasar a barra da baliza de Rui Santos. O Benfica respondeu bem, e passados dois minutos, depois de um ressalto, André Carvalhas disparou forte de fora da área ao poste direito da baliza do Estoril. O Estoril cresceu, e conseguiu o domínio da partida. Sempre por intermédio de João Costa e José Maria, iam sendo os jogadores em maior evidência. O Estoril tentava sempre através de jogadas continuadas pelas alas criar perigo, mas a verdade é que os defesas do Benfica iam resolvendo bem os problemas. Mas o pior estava para vir. Em cima dos trinta minutos e na sequência de um canto de João Costa, Dalibor desviou ao primeiro poste e a bola entrou sem hipótese de defesa para Rui Santos que esperava que o seu companheiro Ruben Lima ao segundo poste fizesse bem melhor.
A verdade é que o Benfica acordou, e na jogada seguinte, grande cruzamento de André Casaca a pedir golo. Carlitos completamente sozinho, atirou por cima. O Benfica tomou o controle do jogo, e tentava sempre através de bolas bombeadas, chegar aos seus objectivos. André Carvalhas não conseguia pegar no jogo e a equipa ressentia-se disso. Aos trinta e oito minutos, nova boa jogada de André Casaca pelo lado direito que foi ter com a cabeça de Leocisio Sami. O ponta-de-lança do Benfica não desperdiçou a má saída do guarda-redes do Estoril e empatou a partida.
Até ao final da primeira parte não existiram mais ocasiões de golo, com o Benfica a ter a consciência que tinha de fazer bem melhor para chegar à vitória.
Vitória arrancada a ferros
Apesar do domínio Estorilista, os canarinhos raramente assustavam o guardião Rui Santos. Na segunda parte o Benfica entrou melhor, e à passagem dos dez minutos e depois de um bom passe de André Carvalhas, Leocisio Sami atirou às malhas laterais quando podia ter feito bem melhor. O número 10 encarnado voltou a estar em destaque, quando de fora da área desferiu mais um forte remate que foi embater novamente com o poste da baliza do Estoril.
Se se pensava que ia ser um massacre, a verdade é que o Estoril voltou a reagir bem e a equiparar a partida. João Costa e José Maria iam fazendo bons passes para a velocidade de Hugo Urbano que tentava criar perigo. Aos cinquenta e nove minutos, Milan Jeremic saiu do banco para render o desinspirado Carlitos. O Benfica não tinha objectividade de jogo, e André Carvalhas estava com grande dificuldade para pegar na partida.
Dalibor e João Ferreira não fizeram melhor, e o Benfica estava claramente necessitado no meio-campo. Vendo bem esta situação, o técnico Bruno Lage decidiu retirar de campo Dalibor, dando cerca de vinte e cinco minutos de jogo ao australiano Patafta. O Benfica continuava sem grande chama, e foi depois de um mau alívio de André Casaca num cruzamento da direita, que sozinho, José Maria falhou o golo certo. O Benfica só a dez minutos do final da partida voltou a criar perigo. Foi depois de um passe de Patafta que Milan Jeremic rematou às malhas laterais. A cinco minutos do final da partida, Danilson rendeu João Ferreira e o Benfica passava a actuar com Jeremic sobre a esquerda, Danilson sobre a direita, e Leocisio Sami ao centro apoiados por Patafta e Carvalhas no centro do terreno. Os dois criativos não conseguiram criar chances de golo, e foi em cima do minuto noventa que depois de um lançamento lateral de Nuno Ferreira, a bola depois de sofrer um desvio na cabeça de André Carvalhas sobrou para Sami que á meia volta marcou um belíssimo golo.
Grande festa nas bancadas, com a vitória do Benfica mais do que assegurada! Já mesmo em cima do apito final, Sami fez uma excelente jogada que só não deu golo porque Jeremic não deu o melhor seguimento ao cruzamento do guineense. O Benfica não esteve bem, mas a sorte voltou a estar do lado das jovens águias. O Estoril com domínio do jogo na maior parte do tempo, também não conseguiu assustar muitas vezes a baliza de Rui Santos. Assistiu-se a um jogo pobre, e para a semana o Benfica tem de fazer bem melhor para levar de vencida a formação do Lusitano.
Apreciação individual:
Rui Santos fez o que lhe competia. Esteve bem sempre que chamado a intervir e não teve responsabilidades no golo sofrido.
A defesa não esteve ao seu nível. André Casaca esteve excelente a atacar, mas continua a mostrar dificuldades na marcação defensiva que por duas vezes podiam ter valido um golo ao Estoril. Nuno Ferreira não fez um bom jogo. A defender não complicou, mas mostrou muita dificuldade a sair a jogar. Podia ter feito melhor em dois ou três lances, e por isso não lhe dou nota positiva. Miguel Víctor esteve como sempre bem. Apesar de não ter feito um grande jogo como nos tem habituado, o central do Benfica foi sempre mais forte que os avançados canarinhos. Não é o melhor em campo, porque os dois golos que Sami marcou retiram-lhe esse prémio. Ruben Lima voltou a não estar nos seus dias. Não falhou defensivamente, mas voltou a mostrar-se pouco participativo nas acções ofensivas.
O meio-campo foi o pior sector da equipa. Romeu Ribeiro não conseguiu assumir o controle do meio-campo, e deixou muitos espaços na frente da defesa. João Ferreira também esteve mal, a defender e a atacar. Ainda assim, um jogo não são jogos. Dalibor voltou a mostrar-se consistente a defender, mas a posição que ocupa exige um jogador muito mais criativo. André Carvalhas atirou duas bolas ao poste, e só por isso não tem nota negativa.
Na frente de ataque, Carlitos não esteve bem. Criou poucas jogadas de golo, e quando foi chamado a marcar não deu o melhor seguimento a uma boa jogada de André Casaca. Leocisio Sami foi o melhor em campo. Não fez uma exibição de encher o olho, mas foi importante pois na altura certa deu os três pontos à equipa. Fez ainda uma excelente jogada no lado direito que não deu golo porque Jeremic não conseguiu facturar.
Milan Jeremic voltou a mostrar os bons pormenores, e criou boas chances de golo. O avançado sérvio não está na melhor forma física, mas foi importante para a vitória. Kaz Patafta esteve mal. Raramente conseguiu colocar a bola no chão e sair a jogar, e destaque apenas para um passe longo para as costas da defesa estorilista que Jeremic não facturou. Pedro Danilson jogou cinco minutos, e deu velocidade ao flanco direito.
Notas individuais:
1. Rui Santos - 3
2. André Casaca - 3
3. Nuno Ferreira - 2
4. Miguel Víctor - 4
5. Ruben Lima - 3
6. Romeu Ribeiro - 3
7. Carlos Correia - 2
8. João Ferreira - 2
9. Leocísio Sami - 4
10. André Carvalhas - 3
11. Dalibor Stojanovic - 2
15. Kaz Patafta - 2
16. Milan Jeremic - 3
17. Pedro Danilson - 3
Initial Rosters
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