SL Benfica 7 - 6 HC Liceo
TRIUNFO NA RAÇA À IMAGEM DE VALTER NEVES
A equipa de hóquei em patins do Benfica apresentou-se com uma vitória (7-6) diante do emblema galego este domingo na homenagem ao antigo capitão.
A equipa de hóquei em patins do Sport Lisboa e Benfica apresentou-se aos adeptos neste domingo diante dos espanhóis do Liceo, tendo vencido por 7-6. O Pavilhão Fidelidade foi igualmente palco da homenagem que o Clube prestou a Valter Neves, ex-capitão e atual team manager, antes do apito inicial.
Com lágrimas de emoção, Valter Neves foi homenageado pelos 17 anos de águia ao peito, entre 2004/05 a 2020/21. Primeiro foi o vice-presidente Fernando Tavares a entregar-lhe uma camisola do Benfica com os títulos conquistados enquanto hoquista, depois foi a vez de o herdeiro da braçadeira de capitão, Diogo Rafael, e Pedro Henriques, vice-capitão, deixarem a sua lembrança: um Manto Sagrado com um stick.
Valter Neves, esse, admitiu o "turbilhão de emoções", mostrando-se grato pela homenagem dos presentes, que em nenhum momento pararam de o aplaudir. "Foram 17 anos que jamais esquecerei, foi um orgulho tremendo representar o clube do meu coração e lutar pelo Benfica. Este dia simbólico que seja um mote para um novo ciclo, um ciclo de sucesso para a equipa de hóquei em patins, um eterno obrigado e viva do Benfica", disse, antes de entregar simbolicamente os patins aos filhos, dar uma volta de honra ao Pavilhão Fidelidade e ocupar o lugar de primeiro delegado, no banco de suplentes, nas novas funções de team manager.
Valter Neves deu a stickada de abertura do encontro, e, 16 segundos depois do apito inicial, o Liceo colocou-se em vantagem por Maximiliano Oruste (0-1). O Benfica, em jogo de parada e resposta, igualou aos 7' (1-1) por Carlos Nicolía, na conversão de uma grande penalidade.
Mas o segundo classificado do campeonato espanhol na época passada demorou pouco tempo a responder: aos 9', por Roberto Di Benedetto, colocou-se de novo em vantagem no duelo de preparação (1-2). Diogo Rafael, aos 12', desviou na cara do guardião Carles Grau um remate de Carlos Nicolía, apontando o 2-2.
Roberto Di Benedetto voltou colocar o Liceo na frente em nova grande penalidade (2-3), conversão que Lucas Ordoñez não conseguiu aos 18', mantendo-se o resultado até ao intervalo.
O Benfica, incentivado pelos adeptos, entrou na segunda parte mais perigoso junto às redes contrárias, e Pol Manrubia, aos 28', igualou a partida (3-3). Jordi Adroher, ele que também foi objeto de homenagem no regresso à Luz, num contra-ataque logo a seguir bateu o antigo companheiro Pedro Henriques (3-4). Carlos Nicolía é que não estava pelos ajustes e fez o 4-4, aos 32'. Uma carambola permitiu ao Liceo voltar a colocar-se em vantagem (4-5), a qual foi dilatada logo de imediato, aos 36', por Jordi Burgaya (4-6).
Pela primeira vez em desvantagem de dois golos, o Benfica reagiu aos 41' por Sergi Aragonès, que reduziu as distâncias no marcador com uma excelente jogada individual (5-6), e logo de seguida, aos 43', colocou a bola no ângulo esquerdo da baliza de Carles Grau, igualando o encontro (6-6), perante o entusiasmo benfiquista vindo das bancadas, procurando empurrar a equipa para o triunfo.
Carlos Nicolía na conversão de um livre direto, após a 10.ª falta dos espanhóis, correspondeu ao incentivo das bancadas e deu, pela primeira vez, vantagem aos encarnados no marcador, aos 46' (7-6). O internacional argentino acabou por ser o grande protagonista no triunfo benfiquista, pois apontou três golos, além de duas assistências. Os últimos instantes do jogo foram de sofrimento, com o Liceo a colocar cinco elementos de campo nos derradeiros segundos sem conseguir alterar o marcador.
DECLARAÇÕES
Nuno Resende (treinador do Benfica): "Primeiro, quando escolhemos o Liceo, sabíamos que era um adversário muito chato, é das piores equipas que se pode apanhar no início da época, pois têm mais sete dias de trabalho que nós, fizeram dois ou três jogos com níveis de intensidade muito altos. O início do jogo seria muito difícil para nós, porque, depois do jogo de ontem [encontro entre Sporting e Liceo], a reação e o ritmo eram mais elevados. Sublinho a máxima do jogo que era raça, crer e determinação. Sabíamos que a qualidade por si não ia chegar. Nos confrontos diretos defensivos e ofensivos não íamos ter capacidade para ir ao choque e de reação, era preciso mais, colocar o stick, a cabeça, recuperar e dar o máximo. Não dominámos nem controlámos, mas isto, para nós, foi bom, porque conseguimos chegar ao fim e vencer por 7-6. Quando juntarmos o coletivo, o aproveitamento das transições e no ataque a quatro soubermos melhor o que temos de fazer, seremos uma excelente equipa, mas fomos uma boa equipa para ganhar este jogo. A presença dos adeptos foi um espetáculo. Dar os parabéns à estrutura pela organização da homenagem ao Valter Neves, num dia que ficará marcado eternamente. Lá está, raça querer e determinação, é o team manager desta equipa e ela também tem de ser a cara dele. A equipa quis dar-lhe esta vitória, agora é a adaptação ao novo desempenho e tarefa. Fizemos tudo para juntar à homenagem uma vitória de carácter."
Sergi Aragonès (jogador do Benfica): "A chave do jogo foi a raça que tivemos, a crença e ambição, sabemos que estamos num momento da época em que temos de construir e crescer. Estes jogos são bons para crescer, ter dinâmica para os objetivos desta época. Temos de melhorar, sem dúvida, muitas coisas são novas, temos de integrar jogadores novos, há muito para crescer e melhorar. Não senti os adeptos na época passada, mas ser benfiquista é um orgulho muito grande, os adeptos são muito apaixonados e fazem sentir isso."
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2021/09/05/hoquei-em-patins-benfica-liceo-jogo-apresentacao-e-homenagem-valter-neves
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