MEIA-FINAL DE LOUCOS RESOLVIDA A 18 SEGUNDOS DO FIM
Benfica esteve na frente, por 3-0, contou com um André Sousa gigante entre os postes, mas sofreu um golo de Adolfo ao cair do pano do prolongamento.
Numa meia-final de loucos e imprópria para cardíacos, um golo a 18 segundos do fim do prolongamento tirou a equipa do Benfica da final da UEFA Futsal Champions League. Em Riga, na Letónia, o Barcelona venceu, por 4-5.
Entrada a todo o gás do Benfica nesta semifinal, com duas oportunidades clamorosas e um golo, tudo no minuto inicial. Primeiro foi Chishkala, em boa posição, a rematar por cima, depois foi Rocha a disparar para Didac Plana sacudir. O mesmo jogador sofreu uma grande penalidade volvidos poucos segundos que Tayebi converteu. Resultado em 1-0, aos 1'.
O Barcelona respondeu de seguida, com um tiro de André Coelho à barra. A partir daqui, mestria encarnada a defender, gigante André Sousa entre os postes e contra-ataque letal a ferir os blaugrana. Nos minutos seguintes, o Benfica sentiu uma maior pressão do Barcelona, que teve remates de Adolfo (3') após jogada de Pito, de Ferrão (5') e de André Coelho (8'), após livre estudado. Em todas estas iniciativas, André Sousa respondeu "presente" na baliza do Benfica.
Quem não marca, sofre, e, aos 9', Rocha aumentou para 2-0. O pivô brasileiro roubou o esférico a André Coelho, esgueirou-se para a baliza do Barcelona e, frente a Didac Plana, atirou a contar. Dois minutos depois, aos 11', após boa jogada coletiva, Arthur ficou perto de faturar para as águias. Os encarnados estavam concentrados a defender, não davam espaço ao Barcelona para mostrar o seu melhor futsal e eram letais a atacar.
Ainda assim, Dyego, aos 11' e aos 12', com dois remates cruzados desde o flanco esquerdo obrigou André Sousa a afastar com os pés. Os culés acentuavam a pressão e, aos 13', foi a vez de Adolfo testar a atenção de André Sousa. No minuto seguinte, Ortiz recuperou a bola em zona adiantada, desviou de André Sousa, mas Robinho afastou quase em cima da linha de golo. O minuto 17 foi de sorte para as águias. Marcênio atirou ao poste e no contra-ataque conduzido por Rocha, Afonso Jesus atirou para o 3-0, resultado com que se chegou ao intervalo.
A etapa complementar arrancou com o golo do Barcelona. Azar para André Sousa! Remate de Matheus Rodrigues, a bola bateu na barra, resvalou no corpo do guarda-redes benfiquista e entrou na baliza. 3-1, aos 21'. Motivados pelo golo, os catalães carregaram mais e os ferros foram amigos do Benfica. Aos 22', Pito disparou um míssil à barra. O Barcelona estava por cima e, aos 26', Adolfo rematou para defesa de André Sousa; na sequência do pontapé de canto, o guardião luso, em cima da linha de golo, negou os festejos de Ferrão.
No minuto 27, a bola bateu nas barras de ambas as balizas. Primeiro foi Ferrão; na resposta, Chishkala quase marcou para as águias. Os ferros continuavam a ser protagonistas e, aos 29', o guarda-redes dos culés, Didac Plana, também atirou ao poste da baliza de André Sousa. O Barcelona queria mais, pressionava e, aos 31', Ferrão, de calcanhar, fez um golo de antologia e magia para o 3-2. O Benfica tentava sacudir a pressão e responder. Num contra-ataque, Rômulo obrigou Didac Plana a aplicar-se (34').
No minuto seguinte, aos 35', balde de água fria nas hostes encarnadas. Dyego deixou Robinho para trás e rematou de pronto para o 3-3. Logo de seguida, 6.ª falta do Benfica. No livre de 10 metros, Lozano atirou ao poste. As águias também queriam a vitória e Robinho, logo de seguida, a rematar a centímetros do golo. O jogo estava de loucos, partido, aberto e com bola cá, bola lá. Prova disso é o minuto 38! Dyego bisou e fez o 3-4 para o Barcelona. Desconto de tempo, Pulpis montou a equipa em 5x4 e Chishkala atirou para o 4-4. Antes do apito final, aos 39', Ferrão rematou de primeira ao poste. A meia-final entre Benfica e Barcelona ia para prolongamento...
No tempo extra, a bola andou mais longe das balizas, nomeadamente na primeira parte, altura em que as equipas arriscaram menos. Na segunda parte, mais lances de perigo, com maior preponderância para os espanhóis, mas com os da Luz a acercarem-se várias vezes da baliza do Barcelona. Numa meia-final imprópria para cardíacos, o Barcelona resolveu a seu favor, aos 49'. Jogada de Dyego pela esquerda, cruzamento e Adolfo a encostar para o 4-5. Faltavam 18 segundos para o duelo ir para a decisão por grandes penalidades, mas quis o destino que assim não fosse!
O Benfica vai disputar, diante dos franceses do ACCS, a atribuição dos 3.º e 4.º lugares da UEFA Futsal Champions League, no domingo, às 13h00, na Arena Riga, na Letónia.
DECLARAÇÕES
Pulpis (treinador do Benfica): "É difícil fazer uma análise. Acho que foi uma oportunidade muito boa, sobretudo pela vantagem que tivemos. Fizemos uma primeira parte muito boa, em que controlámos o Barcelona. Na segunda parte sofremos muito, apertaram muito e sofremos. O golo deles, aos 20 segundos da segunda parte, ajudou-os. Obrigaram-nos a recuar no terreno, não conseguimos subir, ficámos carregados de faltas muito rapidamente. Só começámos a jogar a partir do 3-3, quando baixaram a pressão. Sofremos o 3-4 e conseguimos levantar-nos. No tempo extra fomos superiores e surgiu este lance de azar que lhes deu o golo. Estamos muito tristes. Foi um bom jogo, mas um golpe muito forte. São uma grande equipa, mas a vencer 3-0 devíamos ter gerido melhor o jogo. No domingo temos outro jogo e vamos tentar ganhá-lo. Importante é recuperar os jogadores animicamente."
Robinho (capitão do Benfica): "É difícil falar neste momento. Tivemos uma vantagem muito grande no jogo [3-0] e não a conseguimos segurar. Isso dói bastante, devido ao trabalho e esforço que tivemos para chegar até aqui. É uma pena não conseguir a passagem para a final. Agora é olhar para a frente, no que ainda temos para jogar. Agradecer a todos os que nos apoiaram: adeptos, staff, as nossas famílias, todos os atletas... Não faltou esforço da nossa parte. É muito triste. O Barcelona tem muita qualidade individual e criaram vantagem quando o guarda-redes subia. Isso libertava os jogadores mais habilidosos e criava desequilíbrios na nossa equipa, nos lances de 1x1. É desgastante pela intensidade de jogo que eles têm."
FICHA DE JOGO
Local: Arena Riga
Cinco inicial do Benfica: André Sousa, Rômulo, Robinho, Ivan Chishkala e Rocha
Suplentes: Diego Roncaglio (NJ), Silvestre Ferreira (NJ), Afonso Jesus (J), Arthur (J), Rafael Henmi (J), Nílson Miguel (J), Hossein Tayebi (J), Bruno Cintra (J) e Jacaré (J)
Cinco inicial do Barcelona: Dídac Plana, André Coelho, Dyego, Adolfo Fernández e Pito
Suplentes: Àlex Lluch (NJ), Miquel Feixas (NJ), Bernat Povill (J), Matheus (J), Sergio Lozano (J), Ferrão (J), Nicolás Marrón (NJ), Marcênio (J) e Carlos Ortiz (J)
Ao intervalo: 3-0
Golos: Benfica: Hossein Tayebi (1' g.p.), Rocha (9'), Afonso Jesus (17') e Ivan Chishkala (38'); Barcelona: André Sousa (21, pb), Ferrão (30'), Dyego (35' e 38') e Adolfo Fernández (49')
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2022/04/29/futsal-benfica-barcelona-meias-finais-uefa-champions-league
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