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Estou feliz... apesar de não jogar. Tratam-me muito bem, estou numa grande equipa, tenho uns companheiros formidáveis, toda a gente é muito amável comigo... mas não jogo como queria”, disse Kikin, citado ontem no jornal mexicano “ESTO”.
O avançado internacional azteca garantiu que está “a gosto” na Luz e diz até dar-se “muito bem” com Fernando Santos. “Mas o que quero é jogar”, sintetiza. “No outro dia, em Glasgow, entrei quando faltavam 13 minutos e já perdíamos 2-0. Por isso, no aquecimento, disse ao preparador físico: olha, uma vez, quando estava no Pumas, joguei 15 minutos e marquei 3 golos, mas não conseguirei fazer isso sempre”, prosseguiu, numa entrevista mantida sempre num tom bastante informal.
Kikin não se escusou a atentar o realismo da situação benfiquista na Liga dos Campeões, prova onde só foi acumulado 1 ponto e zero golos.
“Perdemos 3-0 e estamos numa situação complicada; apenas um milagre nos fará passar à ronda seguinte”, realçou, prometendo no entanto empenho máximo para os jogos restantes. “Vamos lutar, porque se esta equipa tem alguma coisa é um espírito e um orgulho inquebráveis.”
Dizendo falar “muito pouco” português, em parte porque toda a gente o compreende, Kikin garante que está bem adaptado. “Ao vir para a Europa cumpri o meu sonho e não me importo de começar tudo do zero outra vez. Sou lutador e vou continuar a insistir. Todos me tratam bem e se não fosse isso, sem estar a jogar seria muito complicado. De qualquer forma, não desanimo; sei que chegará o momento em que terei uma oportunidade de jogar, marcar, de servir a equipa que confiou em mim e me contratou”, terminou.
O futebolista comentou ainda a actualidade da selecção mexicana e, mais uma vez, aconselhou Hugo Sanchez, com quem trabalhou no Pumas, para suceder a La Volpe.
Data: Sabado, 21 Outubro de 2006 - 03:39