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José Veiga desmente Sporting e questiona paradeiro do dinheiro
Em entrevista à SIC, o ex-director do Benfica explicou os acontecimentos de hoje e desmente o comunicado do Sporting.
José Veiga, em entrevista à SIC, desmentiu o comunicado emitido esta tarde pelo Sporting onde se lê que o ex-dirigente do Benfica actuou na contratação de João Pinto como "empresário".
"É mentira, é mentira", afirmou em directo José Veiga em reacção às afirmações contidas no comunicado. O ex-dirigente do Benfica apontou ainda o dedo aos dirigentes leoninos por realizarem a transferência de 3,5 milhões de euros para uma conta do empresário no estrangeiro. "Se transferiram dinheiro têm de justificar para quem e porquê. Para mim não foi", disse José Veiga. "
No comunicado do Sporting pode ler-se que "esta Sociedade SAD do Sporting), tanto quanto lhe competia, respeitou os acordos então celebrados, os quais se encontram suportados contabilisticamente e os pagamentos efectuados registados e auditados".
A Sporting, SAD, de acordo com a mesma nota divulgada pelo clube, indica ainda que o clube "tem vindo, nos últimos meses, a prestar à Polícia Judiciária todos os esclarecimentos solicitados com referência à contratação do jogador João Pinto, designadamente o destino dos pagamentos efectuados no âmbito da mesma". E, afirmando desconhecer "a existência ou não de qualquer conduta ilícita ou criminosa por parte do então Empresário do jogador", o clube refere que "todos os pagamentos foram efectuados de acordo com as instruções deste (José Veiga) e do jogador".
José Veiga adiantou ainda que pediu ao juiz o levantamento do sigilo bancário de todas as suas contas e espera que "os dirigentes do Sporting façam o mesmo" para esclarecer todo este caso.
Recorde-se que José Veiga foi ouvido hoje no Tribunal de Instrução Criminal durante 35 minutos no âmbito do processo que remonta a 2002 acusado de burla agravada em virtude da contratação de João Pinto pelo Sporting.
Apesar de ter sido levado pela Polícia Judiciária, José Veiga afirma que entrou no Tribunal pelo seu próprio pé e não "pela garagem". O ex-director do Benfica saiu em liberdade com termo de identidade e residência e sujeito ao pagamento de uma caução de valor de 500 mil euros.
Paulo M. Guerrinha @
2006-11-20 20:00:00