Equilíbrio electrizante só podia dar empate

Jogo electrizante

A partida no Louriçal foi electrizante, bem jogada de parte a parte e com o resultado a dar num dramático empate. Curiosa a bola de saída do Pombal, trabalhada com GR avançado, que não deu em nada, tendo então entrado o GR Pascal. O jogo decorreu a um ritmo elevado, com o Benfica a pecar no capítulo da finalização, mas a revelar acerto defensivo... em bola corrida. Pois foram as bolas paradas do Pombal o grande drama do Benfica. Aos 6 minutos, livre para o Pombal, toque para o lado e uma bomba de Roger a passar ao lado do corpo de Zé Carlos e dar o 1-0 para os locais.

Expulsão preciosa

Com um critério estranho, que vacilava entre a dureza e a passividade, o jogador João Castro foi o mais penalizado. Fez uma falta mais dura quando já tinha amarelo e foi expulso, aproveitando o Benfica para fazer o empate, beneficiando da superioridade numérica. Até ao intervalo, mais do mesmo, muita vontade de parte a parte, mas o encaixe de parte a parte quase perfeito anulava as tentativas de golo.

Pólvora seca

O Benfica veio com tudo para a 2ªParte, apostando na meia-distância para resolver o jogo. Mas deu-se mal, as “bombas” de Sidnei foram todas descalibradas e a meio da 2ªparte, novo golo do Pombal... Num canto muito bem estudado, Nino e Nené combinaram para o 2-1. Adil Amarante deu ordens para o regresso à pista de André Lima, Costinha e Ricardinho, e pouco depois o capitão encarnado fez um grande golo, de raiva, e restabeleceu o empate.

Tudo a dormir?

Empate esse que durou muito pouco. Na sequência de um livre indirecto, marcado pelo 2ºatraso a Zé Carlos, o Sp. Pombal fez o 3ºgolo, o 3º de bola parada. Num lance algo confuso, em que não se percebeu se o engano de Roger foi ou não acidental, Nené aproveitou para colocar a bola entre as pernas de Zé Carlos e fazer o 3-2. Irritado, Adil Amarante avançou para o guarda-redes avançado, com Zé Maria a substituir o lesionado Rogério Vilela nestas funções.

Pequeno genial

O 5x4 do Benfica foi muito bem defendido pelo Pombal e das 2 únicas vezes que “furou”, Sidnei e André Lima facilitaram na altura de marcar golo. Já numa altura em que se pensava em trocar Zé Maria por Ricardinho na função de GR avançado, o pequeno genial, Costinha, arrancou um golo soberbo, num bico sem ângulo nenhum, que deixou todo o pavilhão boquiaberto. Não satisfeito, o mesmo Costinha, já à beira do último minuto, fez o 3-4, a única vez que o Benfica esteve em vantagem na partida, em novo bico, desta vez em posição frontal...

Mas o jogo vai até ao fim...


Em desvantagem, foi a vez de Nuno Dias avançar com Ruizinho para GR avançado. E na 3ªjogada bem conduzida pelo Pombal, Nené descobriu uma via aberta para a baliza do Benfica e fuzilou para o empate final, resultado perfeitamente justo, numa partida em que o Pombal esteve muito bem e o Benfica claudicou na defesa das bolas paradas.

SC POMBAL 4 – 4 SL BENFICA (1-1 ao intervalo)
Árbitros: Alípio Ramos e Paulo França (AF Porto)

Pombal: Pascal Pimentel; João Castro, Nené (3), Roger (1) e Mourão. Valter Ribeiro, Ivo Mestiço, Nino, Miguel Silva e Ruizinho.
Treinador: Nuno Dias

Benfica
: Zé Carlos; Zé Maria, Costinha (2), André Lima (2, cap) e Ricardinho; Gonçalo Alves, Sidnei, Estrela, João Marçal e Jony. Não jogaram: Carlos Paulo e Jardel.
Treinador: João Pedro Ferreira (por castigo de Adil Amarante)

Disciplina: Cartões amarelos a João Castro(2). Roger e Miguel Silva; Sidnei, André Lima e Ricardinho. Cartão vermelho a João Castro.

Marcha do marcador
: 1-0 Roger (6’); 1-1 André Lima (12’); 2-1 Nené (29’); 2-2 André Lima (33’); 3-2 Nené (33’); 3-3 Costinha (38’); 3-4 Costinha (39’); 4-4 Nené (39’).