Titulares na Partida
Quim (5): Teve pouquíssimo trabalho e não tem qualquer responsabilidade nos golos do Varzim. Cruzamentos para segurar não houve, saídas difíceis também não, apenas um ou outro remate de fora da área que segurou com grande tranquilidade… mesmo com um terreno perigosíssimo para os guarda-redes. Mantém a altíssima bitola de Janeiro, pelo que é o guarda-redes em melhor forma a jogar em Portugal!
Nélson (3): A sua prestação teria sido muito mais negativa caso não tem mostrado mais concentração defensiva e disponibilidade ofensiva no segundo tempo, onde foi dos melhores. O que é certo é que os primeiros 45 minutos de jogo foram, para si, um verdadeiro pesadelo. Na sequência de anteriores prestações, continuou a mostrar debilidades no acto de defender e, sendo assim, falhou praticamente todas as marcações. No ataque nunca se conseguiu soltar e raramente “levantou” a bola nos cruzamentos, sendo que estes saíram sem qualquer perigo e foram facilmente afastados. Dá a sensação que é empurrado no lance do 1º golo do Varzim mas, mesmo assim, poderia ter feito melhor! Faz a falta do 2º golo do adversário, pelo que fica intrinsecamente ligado ao resultado da partida.
Luisão (6): Foi dos melhores, como normalmente é. Simplesmente perfeito no centro da defesa – não há nota de qualquer erro – e fundamental na ajuda defensiva a um Nélson em “noite-não”. Foram inúmeras as dobras que fez ao #22. Na hora de maior aperto posicionou-se na frente de ataque e é protagonista da jogada mais perigosa do Benfica. Com uma finta espantosa tirou 2 adversários do caminho mas o ressalto de bola, após o remate, tira-lhe o golo do empate.
Anderson (5): Este não é o magnífico Anderson de 2005/06. Muito faltoso, especialmente na marcação, demonstrou algumas debilidades principalmente na tranquilidade necessária aos jogadores que ocupam a sua nevrálgica posição. É verdade que não teve erros comprometedores – os ataques do adversário também foram quase sempre inconsequentes – mas precisa acertar na forma como aborda a disputa de bola nas alturas. As várias vezes que foi penalizado em falta prejudicaram o desenrolar e acutilância do jogo atacante da equipa.
Léo (4): Surpreendentemente passou ao lado do jogo, no que ao ataque diz respeito. Talvez seja de não estarmos habituados a um Léo discreto mas, apesar de defensivamente ter falhado pouco, nunca desequilibrou e apenas fez um ou dois cruzamentos, na verdadeira acessão da palavra. Exagerou nas faltas mas tem alguns cortes de grande espectáculo.
Beto (2): Neste jogo mostrou todas as suas fragilidades, ao invés das virtudes. Excessivamente lento, mal na marcação, pouco rotinado e demasiado duro. Falhou inúmeros passes e, em nenhuma circunstância, conseguiu fazer esquecer Petit. Começou bem o jogo, conseguindo soltar a bola rapidamente para os colegas. O problema agravou-se quando tentou sair a jogar, ou quando optou pelos passes de maior grau de dificuldade.Saiu de campo muito tarde mostrando que, sem o #6 em campo, o Benfica está claramente deficitário nesta posição.
Katsouranis (4): Há 2 meses com problemas físicos, continua a não ter descanso competitivo e daí saírem prejudicadas as suas acções, principalmente o jogo atacante de grande qualidade. Depois de 90 minutos pela Selecção Grega na 3ª feira passada, terá feito uma das piores prestações pelo Benfica desde que se transferiu do AEK.Apagadíssimo, no único grande lance em 90 minutos, centrou espectacularmente para Nuno Gomes falhar o golo de forma escandalosa…
João Coimbra (4): Na sua estreia a titular mostrou bons pormenores, principalmente em termos técnicos e posicionais. É verdade que ainda está algo “verde” para a titularidade mas não é ao ser “lançado às feras” que conseguirá encontrar a maturidade necessária para o futebol de alto nível.A posição de interior esquerdo também não será onde se sente melhor mas, mesmo assim, causou alguma estranheza a sua substituição ao intervalo, quando havia unidades em pior nível.
Rui Costa (6): Dos seus pés saiu, novamente, a assistência decisiva para o melhor momento do Benfica no jogo. Aí não há nenhuma novidade, só a confirmação da reconhecida categoria Mundial! Pareceu, no entanto, com algumas dificuldades para manter o nível na 2ª parte, muito pela dureza varzinista do relvado e… dos adversários!Talvez tenha sido por isso que a prestação do Benfica tenha piorado, quando seria de esperar o contrário. Já foi dito, confirmado até por Fernando Santos, que não consegue aguentar um jogo inteiro, mas há 2 jogos consecutivos que 90 minutos são adicionados ao seu tempo de jogo de 2006/07 – no Restelo saiu aos 85.A sua imagem no fim do jogo, de desilusão e tristeza, transparece todo o verdadeiro sentimento benfiquista àquela hora.
Nuno Gomes (2): Em 90 minutos em campo não fez um único remate. O que se pede, então, ao avançado titular do Benfica? Está em péssima forma há 5 ou 6 jogos – em branco desde meio de Dezembro – mas como há pouquíssimas soluções no plantel vai mantendo a indiscutível titularidade. Depois de uma noite de desperdício frente ao Boavista, passou completamente ao lado jogo na Póvoa.Tem de mostrar muito mais do que tentar a assistência, completamente isolado, a meio metro da linha de golo!
Simão (7): Como sempre, é protagonista de uma exibição espectacular. No um-para-um foi simplesmente imparável e avassalador. Construiu todas as jogadas de ataque, quer à direita, quer ao centro, quer à esquerda. Foram inúmeras as jogadas de desequilíbrio, as fintas, os sprints, e as aberturas, que só estão ao alcance de jogadores de eleição. Numa raça e determinação competitiva que contagiou quer colegas quer os próprios adeptos, Simão Sabrosa é pura classe e mostrou-a, mais uma vez, ao apontar um espantoso golo... de cabeça! Como pecha, terão estado as marcações dos pontapés de campo, onde a muito custo centrou em altura, mas o estado do terreno também tem responsabilidades na matéria. Claramente o melhor jogador benfiquista em campo!
Suplentes Utilizados
Mantorras (3): Não teve uma única oportunidade para facturar, penso mesmo que não terá conseguido rematar à baliza. Bastante mexido, principalmente nos primeiros minutos após a entrada em campo, conseguiu ganhar algumas faltas em locais perigosos. O terreno de jogo, em virtude dos seus problemas físicos, foi uma ajuda fundamental ao seu marcador directo.
Karyaka (2): Entrou com muita vontade, e daí ter feito muitas faltas, mas nada de prático mostrou. A falta de jogos, que tem tido, foi evidente mas é um futebolista de qualidade, que merece mais oportunidades na equipa principal.
Marco Ferreira (--): Em pouco mais de 10 minutos, nada acrescentou de positivo na sua estreia, depois de 6 meses “sem calçar”. Tirou uma oportunidade de golo a… Mantorras, e o angolano não gostou nada! Estarão Manú e Paulo Jorge incapacitados?